“Um país pacífico não pode ser confundido com um país indefeso”, diz Ministro Amorim no Dia da VitóriaRio de Janeiro
O
Ministro da Defesa, Celso Amorim, na Ordem do Dia em comemoração ao Dia
da Vitória, afirmou que “um país pacífico não pode ser confundido com
um país indefeso”. Segundo Amorim, “compreendemos com clareza, ao
assistirmos a cerimônia deste Oito de Maio, o quanto é importante que
nós brasileiros cuidemos de nossa segurança”.
“No mundo cheio de incertezas em que vivemos, é cada vez mais verdadeiro o axioma de que a defesa não é delegável”, disse.
E
prosseguiu: “Apenas com adequadas capacidades dissuasórias evitaremos
ameaças à soberania nacional e preservaremos as instituições que nos são
caras, a começar pela democracia e pelo Estado de Direito”.
Para
o ministro, “só assim estaremos também aptos a zelar pelos vastos
recursos naturais de que dispomos”. A cerimônia em comemoração ao Dia da
Vitória aconteceu no Monumento aos Mortos da II Guerra Mundial, no
Aterro do Flamengo, na capital fluminense. Na oportunidade, foram
entregues medalhas alusivas à data a cerca de 350 entidades e cidadãos
militares e civis.
“Congratulo
a todos os agraciados com a Medalha da Vitória: de diferentes maneiras,
a ação das senhoras e dos senhores tornou realidade nosso compromisso
com um país seguro e com um mundo mais pacífico”, concluiu a Ordem do
Dia.
Dia da Vitória
As
palavras do ministro Celso Amorim foram ditas durante solenidade que
teve o objetivo de celebrar a vitória das forças aliadas na Itália
durante a II Guerra Mundial e condecorar personalidades civis e
militares.
O
evento teve início com Amorim passando em revista às tropas perfiladas
no pátio central do monumento. Em seguida, o ministro e demais
autoridades se deslocaram ao palanque onde foi autorizado o começo da
festividade. Após execução do Hino Nacional e da leitura da Ordem do
Dia, a Bandeira do Brasil conduzida por um militar foi posicionada no
dispositivo e, em seguida, adentrou os estandartes das instituições que
foram homenageadas com a Medalha da Vitória.
O
ministro entregou as insígnias às seguintes entidades: Comando do 1º
Distrito Naval; 11º Batalhão de Infantaria de Montanha; Departamento de
Controle do Espaço Aéreo (DECEA) e Clube de Veículos Militares Antigos
do Rio de Janeiro. Ao mesmo tempo, os militares e civis, inclusive um
contingente da Força Expedicionária Brasileira (FEB) receberam suas
respectivas condecorações.
Em
seguida, Celso Amorim, na companhia dos comandantes da Marinha,
almirante Julio Soares de Moura Neto; do Exército, general Enzo Martins
Peri; e da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, depositaram coroa de
flores no mausoléu do soldado desconhecido. Depois, houve desfile das
tropas militares. A cerimônia foi encerrada com desfiles de carros
militares antigos e sobrevoo de caças F5.
OMC e grandes eventos
Após
o evento, Amorim conversou com jornalistas. Ele disse que estava feliz
pelo fato de comemorar a vitória do diplomata Roberto Azevêdo para o
cargo de diretor geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), que por
coincidência ocorria na data em que se comemorava a vitória das forças
amigas em campos na Itália. Amorim, que teve empenho na eleição de
Azevêdo, parabenizou a presidenta da República, Dilma Rousseff, e o
ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, pelo resultado na
disputa do organismo internacional.
“Bom
para nós comemorarmos o Dia da Vitória com mais uma vitória do Brasil'.
Essa não foi numa guerra, mas foi numa batalha diplomática”, analisou o
ministro.
Amorim
disse que a disputa pelo cargo da OMC não é uma tarefa fácil. Ele
lembrou que chegou a ocupar o posto de embaixador do Brasil no antigo
GATT e que por diversas oportunidades o Brasil tentou emplacar
representante no comando da entidade, mas não obteve sucesso.
O
ministro acredita que com a escolha de Azevêdo, “os países quiseram
dizer que a OMC é uma organização para o livre comércio, mas também uma
organização para o desenvolvimento e por uma visão mais justa do
comércio internacional”.
Bastante
próximo de Roberto Azevêdo, Amorim afirmou que o diplomata “terá que
ser um diretor-geral imparcial”. “E será porque eu o conheço muito bem. É
um homem de extraordinária qualidade, de grande competência e de grande
equilíbrio”, contou.
“Está
no DNA dele o sentido de justiça no comércio internacional. Do
tratamento para os países em desenvolvimento. Ele, que participou de
tantas outras batalhas, sabe que isso é importante”, disse.
Na
conversa, o ministro também explicou aos jornalistas que o plano de
segurança a ser colocado em prática para a Copa das Confederações e a
Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que culminará com a visita do Papa
Francisco, foi bem elaborado. Na avaliação de Amorim, existem mecanismos
capazes de permitir que os dois eventos se realizem de forma tranquila.
|
...
quinta-feira, 9 de maio de 2013
“Um país pacífico não pode ser confundido com um país indefeso”
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário