Edital prevê ainda recursos para área aeroespacial; foco é em grandes projetos
De
olho em investimentos de grande empreiteiras, que decidiram apostar
alto nos mercados de defesa e aeroespacial, o governo lançou ontem, em
São José dos Campos (SP), uma linha de R$ 2,9 bilhões para desenvolver
novos produtos voltados ao setor. Segundo o edital do programa Inova
Aerodefesa, o Ministério da Defesa e a Agência Espacial Brasileira (AEB)
poderão utilizar a linha de crédito para contratar projetos de
interesse da União, como, por exemplo, equipamentos de uso policial e
militar, e componentes para satélites e foguetes.
O
Ministério da Ciência e Tecnologia, no entanto, afirma que a ideia não é
restringir o financiamento às demandas governamentais. O edital,
lançado ontem e que estipula o dia 1º de julho como prazo para
apresentação de propostas, prevê quatro linhas de produtos que poderão
receber crédito: aeroespacial, defesa, segurança e produtos especiais.
O
dinheiro poderá bancar um espectro amplo de projetos, que vão desde de
motores para foguetes até armamento não letal, passando por
identificadores de DNA e o desenvolvimento de ligas metálicas. As regras
do programa não estipulam valor máximo por empreendimento nem limite de
financiamento por empresa. Não haverá financiamento para projetos com
valor inferior a R$ 1 milhão.
O
ministro da Ciência e Tecnologia, Marco Antônio Raupp, admitiu que o
plano serve para resgatar o atraso tecnológico do Brasil. E provocou as
indústrias a investir em inovação.
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Não podemos ficar defasados tecnologicamente nessas áreas, precisamos
ser inovadores. Esperamos, agora, que as empresas também se mostrem
dispostas a investir em inovação - disse Raupp.
Nos
últimos anos, empreiteiras como a Odebrecht, a OAS, a Queiroz Galvão e a
Andrade Gutierrez entraram no setor. Segundo as regras do programa, as
gigantes poderão liderar consórcios para projetos de grande porte.
A
Finep ficará com o maior volume de recursos: R$ 2,4 bilhões, contra R$
500 milhões que sairão dos cofres do BNDES. Foram reservados R$ 190
milhões para investimento a fundo perdido, sendo R$ 41 milhões para
projetos aeroespaciais formulados em cooperação com institutos federais
de Ciência e Tecnologia (ICTs).
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sábado, 18 de maio de 2013
Governo financia R$ 2,9 bi para tecnologia em defesa
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