...

domingo, 26 de maio de 2013

Campeão Norte-Nordeste, potiguar se divide entre o salto e o Exército

Mesmo sem treinar, Willian Lima conquistou bicampeonato do salto em altura com a marca de 1,90m. Além do esporte, atleta é soldado do Exército
Por Arthur Barbalho
Natal



Todo atleta da alto rendimento precisa treinar. É fato. Os treinos ajudam no aprimoramento da técnica em qualquer modalidade esportiva. Entretanto, nem sempre os atletas podem se dar ao luxo de ter dedicação exclusiva ao esporte. Na maioria das vezes, faltam recursos, patrocínios. É assim com Willian Lima, de 19 anos. O atleta potiguar que compete no salto em altura é atual bicampeão Norte-Nordeste da prova, e além de treinar, também divide seu tempo com o trabalho. Willian é soldado do Exército.
Willian Lima, atletismo (Foto: Arthur Barbalho)Willian Lima, do salto em altura, se divide entre o esporte e o Exército (Foto: Arthur Barbalho)Na última semana, conquistou o bicampeonato do Troféu Norte-Nordeste, em Belém, com a marca de 1,90m. São 13 centrímetros a menos que a sua marca em 2012, de 2,03m. Sobre a "queda de rendimento", o atleta tem explicação.- Não estou treinando! - disse Willian.E não está mesmo. Desde o começo do ano, quando ingressou nas Forças Armadas, Willian não conseguiu treinar devido ao trabalho. Mesmo assim, o saltista quis viajar e competir na prova da qual é especialista, e trouxe mais um título para Natal.
- Estou sem treinar desde o começo do ano. Como passei os últimos meses no quartel, não tive como treinar. Fui para a competição muito pelas marcas que fiz o ano passado. Mesmo assim, consegui um salto razoável - completou.
Atletismo RN campeões (Foto: Arthur Barbalho)Willian é bicampeão Norte-Nordeste do salto em
altura (Foto: Arthur Barbalho)
Além de competir sem treinar, Willian teve que usar a sapatilha da irmã, já que a sua rasgou na última competição que participou, ainda em 2012. Apesar das dificuldades, o atleta diz que vai seguir na "dupla função" de trabalhar e competir.
- Gosto muito do que faço. Tanto do esporte quando do quartel. Espero poder dar continuidade às duas atividades - ressaltou.
Para Magnólia Figueirêdo, presidente da Federação Norte-rio-grandense de Atletismo, é triste o atleta não poder se dedicar com exclusividade ao esporte.
- É um atleta com muito potencial, que desde cedo compete em alto nível técnico. É triste porque, pela falta de apoio, o atleta acaba tendo que trabalhar em outra atividade - concluiu.
G1/ sosfamiliarmilitar

Nenhum comentário:

Postar um comentário