ESG tem desafio de se inserir em um mundo novo e cheio de surpresas, diz Amorim
Rio de Janeiro, 06/05/2013
– Criada há 64 anos, num cenário em que prevalecia a bipolaridade
mundial, a Escola Superior de Guerra (ESG) chega aos dias atuais com o
desafio de se inserir num mundo que se altera a cada dia.
A avaliação foi feita pelo ministro da
Defesa, Celso Amorim, em discurso por ocasião da posse do novo
comandante da instituição, almirante Eduardo Bacellar Leal Ferreira.
“A ESG nasceu sob o signo da
bipolaridade. Hoje, vivemos num mundo muito diferente, marcado pela
multipolaridade. Um mundo em que os nossos rivais tornaram-se principais
aliados. Um mundo totalmente novo e cheio de surpresas”, disse Amorim.
Esse cenário, de acordo com o ministro,
reforça o papel das Forças Armadas, seja na defesa da pátria ou das
riquezas de que o país dispõe. “Temos recursos humanos e naturais que
têm que ser protegidos, e isso é tarefa das Forças Armadas. Por isso, a
presidenta Dilma Rousseff demonstra o seu reconhecimento”, disse Amorim,
que vê esforços para “ajudar a reequipar de forma adequada [as Forças
Armadas], para que elas estejam à altura da defesa desse nosso grande
país”.
Novo comando da ESG
À frente da ESG por dois anos, o general
Túlio Cherem deu lugar ao almirante Leal Ferreira. No discurso de
despedida, o general lembrou dos avanços obtidos a partir da expansão da
escola e a oferta de novos cursos, bem como a aproximação com a
sociedade.
As conquistas foram lembradas por Celso
Amorim. “Acompanhei o papel preponderante que ele desenvolveu, como
comandante da Escola Superior de Guerra, na implantação do Campus ESG
Brasília, atendendo ao objetivo estabelecido na Estratégia Nacional de
Defesa de ‘promover maior integração e participação dos setores civis
governamentais na discussão dos temas ligados à defesa’”, disse.
O ministro lembrou ainda que o general
foi responsável pela realização do primeiro Curso Superior de Política e
Estratégia (CSUPE) no campus Brasília, “proporcionando análises de
políticas e estratégias, em especial na área da Defesa Nacional, por
civis e militares. Graças à sua atuação, o campus Brasília ganhou,
ainda, mais dois cursos: o de Direito Internacional dos Conflitos
Armados (CDICA) e o Estágio de Assuntos de Defesa (EADef)”.
Ainda na menção elogiosa, Amorim destacou
que “o campus do Rio de Janeiro também se beneficiou de seu
empreendedorismo com a criação do Curso Superior de Defesa (CSD), que
está preparando civis e militares, inscritos nas Escolas de Altos
Estudos das três Forças e na Escola Superior de Guerra, para o exercício
da função de assessoramento em assuntos de defesa”.
Comparecerem à cerimônia no Rio, entre
outros, dos comandantes da Marinha, almirante Julio Soares de Moura
Neto; do Exército, general Enzo Martins Peri; da Aeronáutica, Juniti
Saito; do chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA),
general José Carlos De Nardi; e do secretário-geral do Ministério da
Defesa, Ari Matos. Ao término, o general Cherem e o almirante Leal
Ferreira receberam os cumprimentos das autoridades civis e militares.
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