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segunda-feira, 24 de junho de 2013

Vants militares são guiados por questão política


Análise

 

RICARDO BONALUME NETO DE SÃO PAULO


Para que serve um avião de guerra? E por que ele precisaria de um piloto? Respondendo a essas perguntas os militares em anos recentes chegaram a uma conclusão: muito do que faz um avião pilotado pode ser feito por um sem piloto. E pode fazer algo que os aviões tripulados não fazem tão bem, como ficar horas e horas voando --robôs não precisam descansar.
Os chamados Vants (veículos aéreos não tripulados), sigla tirada do inglês UAV (unmaned aerial vehicle), foram outrora detratados como meros brinquedos, mas agora se vingam: estão na linha de frente da chamada "guerra ao terror" promovida pelos EUA. E se tornaram polêmicos por seu uso excessivo.
Voltando à pergunta inicial: para que serve um avião de guerra? Eles começaram servindo na Primeira Guerra Mundial (1914-1918), para o reconhecimento do território inimigo. A grande "arma" desses pioneiros aviões era a máquina fotográfica.
Com o aperfeiçoamento das aeronaves, passaram a ter metralhadoras para derrubar outros aviões, ou então portar bombas. Mas todos precisavam de pilotos.
Só depois da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) que a eletrônica começou a permitir a possibilidade de um avião sem piloto. Os primeiros casos foram fracassos.
Com o desenvolvimento da eletrônica e a miniaturização de componentes, surgiram Vants com aplicação militar. Assim como com a aviação tripulada, os Vants surgiram primeiro para reconhecimento, depois para combate.
A grande vantagem das aeronaves não tripuladas é política. Se o inimigo abate uma delas, não há risco de ter um piloto morto ou capturado.
"Pilotar" um Vant é uma forma mais segura de "combate": o operador está a salvo em terra em uma base aérea sentando na frente de um console, quiçá a milhares de quilômetros de distância.
Mas a dificuldade em identificar alvos com precisão pode fazer com que civis sejam mortos, os tais "danos colaterais". Essa é a grande polêmica em relação aos drones.

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