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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Autoridades visitam a Fragata “Constituição” no Líbano


28 de Fevereiro, 2013 - 23:11 ( Brasília )

 
C Alte Zamith (E) e o Embaixador do Brasil no Líbano, Affonso Emílio (D)
Em fevereiro, o então Comandante da Força-Tarefa Marítima da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (FTM-UNIFIL), Contra-Almirante Wagner Lopes de Moraes Zamith, que passou o cargo, no dia 19 de fevereiro, ao Contra-Almirante Joése de Andrade Bandeira Leandro, recebeu várias autoridades a bordo da Fragata “Constituição”, navio-capitânia da FTM-UNIFIL.
No dia 13, a Diretora do Departamento de Operações de Paz da Organização das Nações Unidas para a Ásia e Oriente Médio, Sra. Izumi Nakamitso esteve no navio. Durante a visita, o Almirante Zamith fez uma explanação sobre a importância do componente marítimo da UNIFIL para a manutenção da paz no Líbano e no Oriente Médio. Foram apresentadas as principais atividades realizadas durante o ano de 2012, destacando-se a participação da FTM-UNIFIL no adestramento dos militares da Marinha do Líbano.
No dia 14, o Almirante Zamith recebeu, a bordo da Fragata “Constituição”, a visita do Adido de Defesa da Áustria, Brigadeiro General Andreas Mempör. O Almirante proferiu uma apresentação sobre as atividades da FTM, destacando suas tarefas principais, resultados obtidos durante o ano de 2012 e a importância da FTM no Líbano para a manutenção da Paz na Região.
Nesse mesmo dia, o Almirante Zamith recebeu a visita do Embaixador do Brasil no Líbano, Affonso Emílio de Alencastro Massot que assumiu a chefia da missão diplomática brasileira naquele país. O evento marcou as boas-vindas oficiais, do Contingente Brasileiro na UNIFIL-FTM, ao Embaixador. A ocasião contou com a presença do Embaixador do Brasil na Síria, Edgard Cassiano, e de outros diplomatas brasileiros.

EUA avaliam acordo com Embraer como crítico para Afeganistão

Acordo de US$ 427 milhões com a fabricante brasileira envolve a venda de 20 aeronaves                            

Washington - O Pentágono manifestou nesta quarta-feira que o contrato militar de US$ 427 milhões formalizado com a brasileira Embraer é "crítico" para apoiar a Força Aérea no Afeganistão.
Em comunicado, o Pentágono indicou que o subsecretário de Defesa dos Estados Unidos, Ashton Carter, ligou hoje para o ministro da Defesa do Brasil, Celso Amorim, para informá-lo da concessão do contrato à Embraer, que apresentou sua proposta em uma sociedade com a empresa americana Sierra Nevada Corporation.

"Essa plataforma é crítica para apoiar a Força de Segurança Nacional Afegã, como parte do apoio durável dos EUA no Afeganistão após concluída a missão da Isaf (Força Internacional de Assistência à Segurança, da Otan) no final de 2014", disse o secretário de imprensa do Pentágono, George Little.
O contrato envolve a venda de 20 unidades do avião de ataque A-29 Super Tucano à Força Aérea americana "para fornecer apoio aéreo rápido e manutenção e capacitação para a Força Aérea afegã", explicou.
Sob esse contrato, 20 aeronaves serão enviadas às bases aéreas no Afeganistão no meio de 2014 para realizar "treinamentos avançados em voo, vigilância, apoio aéreo e missões de interdição aérea", acrescentou Little.
O porta-voz disse que durante a ligação tanto Carter como Amorim demonstraram a intenção de programar o próximo Diálogo de Cooperação em Defesa de EUA e Brasil, além de "continuar a cooperação de defesa" entre ambos os países.

E99 - SAAB modernizará Radar Erieye


Embraer fecha contrato com a SAAB para modernização de sistemas de monitoramento aéreo. Radar SAAB Erieye. Foto - EMBRAER





A SAAB foi contratata pela Embraer para atualizar os sistemas Erieye AEW & C (Airborne Early Warning and Control), instalados nos jatos Embraer 145, chamados E-99, da Força Aérea Brasileira. O contrato é de cerca de US$ 59 milhões.

Os E-99 são peças fundamentais no controle do espaço aéreo e da vigilância das fronteiras brasileiras; e sua modernização trará um aumento substancial na capacidade operacional de todo o sistema de monitoramento e controle de alvos aéreos e marítimos realizados pela FAB.

"Estamos orgulhosos de fornecer a atualização desses sistemas à Embraer e ao Brasil, onde eles desempanham um papel importantíssimo na segurança nacional", disse Micael Johansson, diretor de negócios da Saab área de Eletrônica de Defesa sistemas.

O sistema Erieye AEW & C da Saab, foi muito bem recebido e avaliado por seus usuários desde que chegou ao mercado em 1997. No Brasil ele entrou em operação em 2002, equipando os jatos Embraer 145, que atualmente também são utilizados pelas forças aéreas do México e da Grécia.

O Erieye AEW & C também equipa aviões Saab 340 utilizados pela Suécia, Tailândia e Emirados Árabes Unidos e está sendo oferecido ao Paquistão, instalados em aeronaves Saab 2000.

A atualização dos E-99 da Força Aérea Brasileira está prevista para ser entregue entre 2014 e 2017.
 

Su-25 com funções análogas do Wild Weasel?

A Aeronáutica da Rússia será dotada em 2014 de uma modificação do Su-25 destinado
para o combate aos meios da Defesa Antiaérea e capaz de detectar e aniquilar os complexos de defesa análogos aos Patriot dos EUA.

Vietnã, primeira tentativa
A guerra no Vietnã de 1965-75 foi à primeira ação militar em que a aviação norte-americana se defrontou com a resistência dos complexos de mísseis antiaéreos. Em virtude disso, foi decidido criar aviões especiais, capazes de superar a barreira colocada pela defesa antiaérea. Tal missão imprescindível foi designada de Suppression of Enemy Air Defenses (SEAD), enquanto ao respectivo programa de projeção de novos aviões de assalto especiais foi atribuído o nome Wild Weasel. Posteriormente, os engenhos criados sob a sua alçada passaram a ter o mesmo nome.
Naquela etapa do Wild Weasel I, que se iniciou em 1965, eram utilizados os primeiros caças supersônicos F-100 Super Sabre. A versão seguinte F-100F virou uma base do Wild Weasel que podia detectar radares do adversário mediante receptores de irradiação, enquanto o operador indicava os alvos a abater. A seguir, no decurso do combate, era possível identificar o alvo por meios visuais e atacá-lo. No entanto, o F-100 não desenvolvia a elevada velocidade para acompanhar os F-105 Thunderchief e os F-4 Phantom II.
O Wild Weasel da segunda etapa foi construído com base em F-105. Os aviões EF-105F surgiram nas unidades aéreas em 1966, seguido logo de F-105G mais sofisticados. A produção em série do F-105 foi suspensa um pouco antes, a saber, em 1964. Deste modo e devido a elevadas perdas na guerra contra o Vietnam, veio a diminuir o número de engenhos "assassinos da defesa antiaérea". Na sequência disso, as 4ª e 5ª etapas do programa foram realizadas por meio do F-4 Phantom II, nomeadamente, através das suas versões EF-4C Wild Weasel IV e F-4G Wild Weasel V.
De notar que cada geração do Wild Weasel recebia armas e equipamentos modernos, inclusive os mísseis teleguiados e os sistemas de luta rádioelectrónica. Após a guerra no Vietnã, os Wild Weasel prestavam serviço na Europa e no Extremo Oriente onde os EUA, em caso de necessidade, podiam lidar com a defesa antiaérea soviéticos. Nos anos 90 do século, os EUA optaram por uma via diferente: as tarefas relacionadas com um combate eficiente à DAA foram incumbidas aos caças F-16C polivalentes modernizados.

As suas versões block 50 e block 52 dispunham de equipamento capazes de concretizar esta tarefa. Enquanto isso, a aviação marítima dos EUA empregava para o mesmo efeito seus próprios engenhos – o EF-10D Skyknight e depois os EA-6A e EA-6B Prowler. Hoje em dia, a Marinha, ao contrário da Força Aérea, continua apostando no uso de engenhos específicos. Os EA-6B obsoletos foram substituídos por aviões EA-18G Growler, criados com base em versão F/A-18F Super Hornet de dois assentos.
Caminho russo
Antes de 2008, a Aeronáutica russa não se confrontou com um adversário terrestre que tivesse meios de proteção melhores que os sistemas de defesa antiaérea portátil ou a artilharia antiaérea de pequeno calibre. A guerra contra a Geórgia em agosto de 2008 veio demonstrar que tal confrontação pudesse provocar sérias consequências e perdas. Daí, a necessidade de combate à DAA se tornou uma prioridade.
Atualmente, esta meta tem de ser alcançada por aviões de assalto Su-24 e o Su-34 equipados de mísseis anti-radar. Todavia, os modelos, pelo visto, não têm capacidades suficientes.
Por isso, tem causado surpresa a escolha do Su-25 como uma base para o Wild Weasel russo. Pelas características que leva, este avião de assalto é capaz de garantir apenas o acompanhamento dos Su-25. Para atuar em conjunto com bombardeiros e caças polivalentes não terá nem a velocidade, nem o alcance de voos suficientes. Todavia, para os aviões de assalto que ajam em cima do campo de batalha, tal engenho poderia ser útil. A execução de outras missões implicaria o recurso a modificações com base do Su-30. Ou, pelos menos, será necessário um equipamento em contentor que, aliado aos respectivos armamentos, poderá transformar o Wild Weasel em qualquer avião-caça da Força Aérea russa.

AZUL - Novos Uniformes

Trajes foram desenvolvidos para a associação entre a Azul Linhas Aéreas e a Trip Linhas Aéreas pela estilista Tereza Santos Os novos uniformes serão adotados pelos tripulantes.
 São Paulo, 28 de fevereiro de 2013 – A Azul Linhas Aéreas anuncia hoje seus novos uniformes, desenvolvidos para a companhia resultante da associação entre a Azul e a Trip, processo esse que ainda aguarda autorização dos órgãos reguladores. Idealizados pelo diretor de Comunicação e Marca da Azul, Gianfranco Beting, e criado pela renomada estilista Tereza Santos, os novos trajes são baseados na alta costura, resgatando um pouco do estilo dos tempos áureos da aviação, com cortes precisos e sofisticados.

A decisão de criar um novo uniforme era clara desde o primeiro momento em que as duas empresas tiveram a intenção de se associar. Porém, o desenvolvimento desse projeto seria literalmente uma “missão”, haja vista que os uniformes de ambas as companhias eram muito bem avaliados pelos públicos interno e externo, além de representarem muito bem suas marcas. O projeto se baseou em um profundo entendimento dos usuários, ponto de partida da criação dos uniformes. O design seguiu uma linha de integração e adequação à nova marca e os uniformes foram construídos com cortes que remetem à letra A, de Azul.

“Estamos muito felizes com o resultado final. Pensamos em cada detalhe para que os uniformes proporcionassem não só conforto para nossos Tripulantes, mas também, uma perfeita tradução visual de nossa marca e valores para os nossos Clientes. As novas peças transmitem confiança e, ao mesmo tempo, leveza. Elas representam exatamente o que a Azul é”, explica Beting.

Tereza Santos conta que o projeto da Azul foi muito bem estudado, para que pudesse reunir atributos da marca e agregasse design e conforto. “Desenvolvemos peças que proporcionam, acima de tudo, bem estar àqueles que vestem. Utilizamos o que existe de mais tecnológico em termos de tecido para tornar os uniformes funcionais, conferindo conforto e estabilidade estética”, diz Tereza.

Os tons de Azul utilizados nas peças respeitam a identidade visual da empresa, que na nova logotipia traz os tons da Azul e da Trip. “A cor azul reflete estabilidade e confiança em ambientes corporativos e autoconfiança de quem veste. É uma cor agradável e assertiva para esse propósito” completa Tereza.

As novas peças foram desenvolvidas para áreas específicas da companhia. Entre os que ganharão os novos trajes, estão: o time de solo, que compreende os agentes de aeroporto; tripulação de bordo, que são os comissários e pilotos; pessoal de operações de solo e os Azultecs, que são os técnicos de manutenção da Azul.

Para cada uma dessas áreas, foram criados uniformes para as diferentes posições hierárquicas, facilitando a identificação dos líderes de cada equipe. Além disso, a coleção conta com diferentes peças para cada tipo de clima, facilmente adaptáveis aos quatro cantos do país e às estações do ano.

Para complementar o traje de cada tripulante, de acordo com suas funções, novos acessórios também foram criados. Eles seguem a mesma linha dos uniformes e foram pensados para serem funcionais e harmoniosos com o vestuário.

A fusão entre as duas companhias ainda aguarda autorização dos órgãos reguladores.

Mensaleiro Genoíno abandona plenário durante discurso de Bolsonaro

Bolsonaro critica comissão e Genoíno decide abandonar o plenário da Câmara

GENOINO SE DESPEDE DE DEPUTADOS PARA DAR AS COSTAS
A BOLSONARO E ABANDONAR O PLENÁRIO (Orlando Brito)
Mensaleiro condenado à prisão pelo Supremo Tribunal Federal, o deputado José Genoino (PT-SP) abandonou o plenário da Câmara, na tarde desta quarta-feira passada, quando o deputado Jair Bolsonaro (PTB-RJ) fazia novo discurso criticando a atuação da chamada Comissão da Verdade, que apura denúncias contra agentes do Estado, durante a ditadura. Militar de carreira, Bolsonaro já repetiu inúmeras vezes a acusação de que Genoino, que foi preso enquanto participava da guerrilha da região do Araguaia, acabou entregando companheiros durante os interrogatórios "sem ter sido torturado".
Fonte: Cláudio Humberto


MP Militar vai investigar clube VIP no Forte de Copacabana

Procuradora vai apurar se há irregularidades em empreendimento na Zona Sul

Antônio Werneck
RIO — Polêmico desde o início do verão, o contrato sem licitação que privatizou um pequeno trecho de praia dentro do Forte de Copacabana para a implantação do projeto Aqueloo Beach Club — empreendimento comercial privado que tem reunido ao sol a elite carioca ao som de música eletrônica — acaba de virar alvo do Ministério Público Militar. A iniciativa é da procuradora Maria de Lourdes Sanson, que vai pedir hoje ao Exército informações detalhadas do contrato assinado entre os militares e os responsáveis pelo negócio, para apurar se ocorreram ilegalidades.
O Exército garantiu ontem que não há irregularidades na cessão do espaço público e que seguiu rigorosamente a lei: o decreto 3.725, de 2001, que, combinado com normas internas da força, dispensa o processo de licitação. Informou também que o contrato foi assinado em 22 de outubro de 2012, com validade de três meses, a partir de 3 de dezembro — acaba, portanto, no próximo domingo, 3 de março, mas está prevista uma prorrogação de mais três meses. Pelo negócio, o Exército vai receber R$ 228 mil, dinheiro que será aplicado na manutenção do forte.
Presidente da Comissão de Direito Administrativo da OAB do Rio, o advogado Bruno Navega estranhou a cessão do terreno e, mesmo falando em tese, já que não conhece detalhes do contrato, encontrou indícios de possíveis irregularidades:
— Há duas questões que saltam aos olhos e causam estranheza. Primeiro, deveria, a rigor, haver licitação, para que eventuais interessados pudessem apresentar propostas. A segunda questão é mais complexa: na minha opinião, está havendo uma espécie de privatização do espaço público em prol da iniciativa privada. A praia é um bem de todos.
Navega afirma que até o Exército tem que seguir a Lei de Licitação e a Constituição.
— A Constituição brasileira estabelece que, no caso de qualquer bem público ter o espaço explorado economicamente, é preciso haver uma licitação. O TCU (Tribunal de Contas da União) tem afirmado isso em suas decisões — afirmou Bruno.
O constitucionalista e desembargador aposentado Jorge Fernando Loretti concorda. Segundo ele, qualquer terreno de marinha (faixa de orla) é de uso de toda a população:
— Não conheço detalhes do contrato e suas bases, mas a praia é constitucionalmente de utilização social de todos. É para ser usada coletivamente. Não pode ser utilizada particularmente por ninguém.

Empresário nega favorecimento
Longe da polêmica, o empresário responsável pelo negócio, Daniel Barcinski, disse que o investimento está tendo retorno e que ele já tem convites para implantar projetos semelhantes em Brasília e Salvador. Barcinski afirma ter aplicado um total de R$ 2,5 milhões no empreendimento. Sobre a polêmica e a acusação de ter privatizado uma praia, retrucou:
— Eu não entendo: morei em Copacabana e, pelo que sei, a praia do Forte de Copacabana nunca foi aberta ao público, nunca pôde ser frequentada.
O empresário é o mesmo que instalou uma roda gigante também no Forte de Copacabana em 2009, sem licitação, durante a campanha para trazer os Jogos Olímpicos para o Rio. Na época, diz ele, o Exército também foi pago pela utilização do lugar. Pedro Minc, sobrinho do ex-ministro do Meio Ambiente e secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, é promoter do evento.
— Ele é meu amigo, cuida da parte promocional do projeto, mas não é sócio, nem recebe por isso. Logicamente, frequenta o local e convida quem quiser. Ele faz tudo isso por amizade — afirmou o empresário.
Responsável pela concessão do alvará de funcionamento do empreendimento, a Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop) disse que Barcinski apresentou todos os documentos exigidos, como um termo do uso do local, fornecido pelo Exército, e autorização da Secretaria municipal de Meio Ambiente (o forte fica numa área de proteção ambiental). A Seop confirmou que os responsáveis apresentaram autorização do Instituto Estadual do Ambiente, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e dos bombeiros.
Fonte: O Globo


Um ano depois, Embraer confirma venda de 20 Super Tucanos para os EUA

Embraer firma contrato com Pentágono e fornecerá 20 aviões para militares dos EUA
Contrato é de US$ 427,5 milhões; aviões serão usados por militares do Afeganistão para treinamento e contra insurgência

Felipe Moreno
SÃO PAULO - A Embraer (EMBR3) firmou um contrato com o Pentágono para fornecer 20 aviões leves de apoio para a Força Aérea, comunicou o órgão do governo dos EUA ontem, quarta-feira (27). A empresa, junto com sua parceira Sierra Nevada, derrotam a Beechcraft para conseguir um contrato no valor de US$ 427,5 milhões.

Os aviões serão usados por militares do Afeganistão para treinamento e contra insurgência. O acordo havia sido firmado, primeiramente, em dezembro de 2011 - no valor de US$ 355 milhões. Mas a Beechcraft, derrotada, questionou a legalidade em janeiro do ano seguinte.
Embora a Força Aérea tenha dito que a decisão havia sido justa e transparente, ela optou por cancelar o contrato em fevereiro de 2012 - citando problemas com a documentação fornecida pela companhia.
Fonte:InfoMoney


Contingente do Exército que vai para o Haiti participa de curso no MS

Coxim: Militares que vão compor força de Paz no Haiti participam de curso
5º Subgrupamento de Bombeiros de Coxim ministrou palestra sobre primeiros socorros

Os militares do 47º Batalhão de Infantaria (BI) de Coxim que irão compor a força de Paz do Exército Brasileiro no Haiti participaram de palestra sobre primeiros socorros ministrada pelo 5º Subgrupamento de Bombeiros da cidade durante esta terça-feira (26) e esta quarta-feira (27).
De acordo com informações dos Bombeiros, foi ministrado noções de atendimentos de primeiros socorros a fraturas, desobstrução de vias aéreas, queimaduras, ferimentos, remoção e transporte, controle de hemorragias, auxílio a parturiente - parto normal.
A guarnição de serviço da viatura do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), também auxiliou na palestra, que acontece no auditório do quartel do 47º BI.
Fonte:iDEST


terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Exército russo tem novo blindado

O exército russo recebeu um novo veículo de combate – o BTR-82A. Esse blindado de transporte foi concebido segundo a tecnologia mais avançada: o motor diesel tem um baixo consumo de combustível, o canhão é controlado por um motor elétrico com estabilizador e tem um sistema de pontaria a laser. Segundo os militares, a eficácia de tiro do novo veículo duplicou.

O novo blindado de transporte é uma versão modernizada do BTR-80, que se encontra ao serviço do Ministério da Defesa desde 1986. No BTR-82A, os construtores conceberam de raiz mais de mil elementos. Já há muito tempo que se sentia a necessidade de adotar um novo veículo, refere o observador militar do jornal Komsomolskaya Pravda Viktor Baranets:
"Isso se deve ao fato de o material blindado de todas as marcas que se encontra ao serviço do exército russo estar a envelhecer de uma maneira catastrófica e os ritmos de abate dos blindados serem muitas vezes superiores ao ritmo de entrada ao serviço de novos equipamentos. Porém, nesse aspeto as coisas devem ser comparáveis. Se são abatidos 300-500 veículos, o exército não pode estar à espera que lhes forneçam veículos novos dentro de um ano ou dois.

Direi mais: a nova direção do Ministério da Defesa afinal não tem pressa em comprar veículos blindados estrangeiros, italianos, por exemplo, mas aposta nos fabricantes russos. Neste momento, o exército russo possui armamento que se pode considerar, de pleno direito, o melhor do mundo. O BTR-82A faz precisamente parte desse tipo de equipamentos".
O novo carro blindado, ao contrário dos seus antecessores, pode atingir com precisão um alvo em andamento. Isso se tornou possível graças ao seu moderno sistema de armamento. No BTR-82A, o canhão possui um motor elétrico para fazer pontaria horizontal e vertical, assim como um estabilizador. O alvo é adquirido pelo aparelho de pontaria e o estabilizador faz o seu seguimento, explica Viktor Baranets:
"Quando o blindado segue por terreno acidentado, quando ele oscila lateralmente, o estabilizador faz com que o canhão não se mova por mais que o BTR se incline. Ele também possui um sistema de pontaria do artilheiro com visão diurna e noturna, também ele com um campo de visão estabilizado. Por fim, está dotado de cortina antiestilhaços e ar condicionado".
O veículo está equipado com um canhão de 30 mm armado com uma metralhadora de calibre 7,62. A velocidade de tiro do canhão é de 110 tiros por minuto. O blindado se pode deslocar a uma velocidade até 90 quilômetros por hora. O carro de combate pode atingir não só alvos em áreas planas, mas também destruí-las em encostas de montanha, nos pisos superiores de edifícios e mesmo abater helicópteros a uma distância até 2,5 quilômetros, sublinha Konstantin Sivkov, vice-presidente da Academia de Problemas Geopolíticos:
"Além disso, no BTR-82A pode ser instalado um sistema de mísseis antitanque Kornet que atinge tanques pesados a uma distância de quatro quilômetros, o que aumenta significativamente as capacidades deste transporte blindado no apoio às ações de combate da infantaria. Uma característica distintiva do BTR-82A é a sua proteção consideravelmente reforçada contra o rebentamento de minas terrestres e de bombas".
O novo veículo blindado tem boas perspetivas de exportação. Um dos seus concorrentes principais é o carro de combate universal francês com 22 toneladas de peso e um canhão de 23 mm, mas o blindado russo pesa menos 7 toneladas e tem um canhão mais potente, sendo portanto bastante competitivo no mercado de armamentos dentro do seu segmento. No dia 9 de maio, os novos blindados deverão desfilar na Praça Vermelha integrados na parada comemorativa da Vitória.

EMBRAER - A importância para Gavião Peixoto

Alicerçado no crescimento da Embraer, o município de Gavião Peixoto sonha com um futuro melhor. Após entrevistar o jovem prefeito Gustavo Piccolo (PHS), o SIM!News esclarece o que é mito e o que é realidade sobre uma das maiores empresas da região

Prefeito do município de Gavião Peixoto desde o dia 1 de janeiro de 2013, o jovem Gustavo Piccolo, de 29 a
nos, concedeu entrevista exclusiva ao Grande Jornal Falado da Cidade e ao SIM!News sobre os desafios de governar uma cidade.

Piccolo, que nunca havia concorrido a um cargo eletivo, é formado em Educação Física, com Mestrado na área de Sociologia, e elegeu-se tendo a seu lado apenas três partidos: o nanico PHS, no qual é filiado, PT e PV.

Eleito como representante do “novo”, Piccolo tem ainda o desafio de atender às expectativas de uma cidade que sonha voar alto. Abrigando uma unidade de uma das maiores empresas do país, Gavião Peixoto se cerca de esperança em relação à Embraer, que emprega atualmente mais de 3 mil pessoas, das quais cerca de apenas 3% moram no município, segundo cálculos do prefeito.

A seguir, o jovem prefeito esclarece alguns mitos criados a partir da empresa e de seu real impacto na vida da pequena cidade e dos municípios que a cercam. Se a expectativa do prefeito se confirmar, o horizonte aponta para um excelente futuro.

Colégio Embraer

Expectativa: A empresa inaugurou recentemente sua segunda unidade do Colégio Embraer. Baseado no modelo já desenvolvido com êxito em São José dos Campos, foram investidos mais de R$ 6 milhões apenas em sua estrutura física. Sendo assim, o próximo passo da Embraer seria a implantação de uma terceira unidade, em Gavião Peixoto, para completar o time de municípios nos quais a empresa está instalada.

Realidade: Gavião Peixoto não está nos planos da Embraer para a implantação de um colégio, pelo menos em médio prazo. Segundo o prefeito Gustavo Piccolo, a instalação do Colégio Embraer está relacionada aos índices do Ideb alcançados pelos alunos da rede. “Enquanto Gavião estiver com índices atuais, ela não instalará uma unidade na cidade. Esse processo é bastante complexo e deve levar uns 20 anos”, afirma Piccolo. A boa notícia é que a empresa deve ser parceria do município na rede básica de ensino.

Fabricação de aviões

Expectativa: Localizada próximo a Araraquara e São Carlos, considerada capital da tecnologia, Gavião Peixoto seria um dos grandes polos produtores de aeronaves da empresa. Porém, até o momento, a unidade é responsável apenas por 20% da produção anual da empresa no país.

Realidade: A unidade da Embraer em Gavião Peixoto já produz mais do que a unidade de Botucatu. A tendência é que a produção seja alavancada a partir do segundo semestre deste ano, quando o modelo KC começa a ser produzido na unidade. Será o maior avião já feito na história da Embraer.

Geração de empregos

Expectativa: Com a chegada da Embraer, os jovens de Gavião Peixoto teriam uma possibilidade real de trabalho em uma empresa reconhecida internacionalmente. Com os novos empregos, a cidade desfrutaria de uma condição diferenciada na comparação com municípios do mesmo porte.

Realidade: A unidade da Embraer em Gavião Peixoto conta atualmente com um quadro de 3 mil funcionários, dos quais calcula-se que 2% são moradores da cidade. Dos cargos mais qualificados, uma boa parte é trazida de outras regiões do país e se instalam, em sua maioria, nas cidades de Araraquara e São Carlos.

Crescimento

Expectativa: Concedida à Embraer no processo de negociação entre a empresa e o município, a isenção do ISS está prestes a acabar, o que pode aumentar a arrecadação. O ICMS, porém, ainda depende de uma disputa política, uma vez que toda a produção ainda é faturada pela unidade de São José dos Campos.

Realidade: Além do aumento na arrecadação, Gavião Peixoto pode se beneficiar da área ainda não ocupada pela empresa. “Em São José dos Campos, por exemplo, há somente dois alqueires livres, ou seja, não há espaço para a Embraer crescer. Em Botucatu, a situação é a mesma, enquanto que, em Gavião, dos 85 alqueires, apenas 7 estão ocupados atualmente. O crescimento da Embraer se dará, inevitavelmente, em Gavião Peixoto”, afirma o prefeito. Fonte:DefesaNEt

AMORIM - Anuncia para “muito breve” a retomada dos voos do VLS

São José dos Campos (SP), 25/02/2013 – O Brasil retomará o projeto de lançamentos de satélites e microssatélites para “muito breve”. O anúncio foi feito nesta segunda-feira, pelo ministro da Defesa, Celso Amorim, durante aula magna para 124 alunos aprovados no curso do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). Segundo Amorim, “projetamos a retomada dos voos do VLS [Veículo Lançador de Satélite], já que neste ano terá seu primeiro ensaio elétrico”.

“Na sequência teremos o lançamento do VLM [Veículo Lançador de Microssatélite]. Nesses e em outros programas que envolvem a cooperação junto a parceiros do mundo desenvolvido, o princípio do fortalecimento tecnológico da base industrial brasileira constitui uma referência permanente”, explicou o ministro sem querer determinar prazo para a retomada.

Amorim iniciou a palestra para os alunos explicando que por sua formação na área de humanas poderia cair em lugar comum com um discurso para estudantes que têm a base nas ciências exatas. Por isso, conforme explicou, convidou-os a uma reflexão sobre como a política de defesa brasileira “pode se preparar para os desafios futuros”.

“Assim, ainda que vocês não estejam particularmente interessados pela política mundial, saibam que a política mundial se interessará pelos progressos que vocês farão”, disse.

A partir daí, Celso Amorim foi expondo para os acadêmicos os movimentos de formação de blocos econômicos e políticos. O ministro lembrou da criação do Mercosul, em 1991, quando Brasil, Argentina, Chile e Uruguai se uniram para intensificar o comércio e interagir suas cadeias produtivas, passando a contar com a Venezuela, no ano passado, e a Bolívia que em breve deverá se integrar ao bloco.

O ministro destacou mais recentemente a União das Nações Sul-Americanas (Unasul), que expandiu a integração para o campo político. Segundo Amorim, a decisão de criar a Unasul levou em consideração o fato de que o mundo é atualmente organizado ao redor de grandes blocos.

“A União Europeia, apesar de todas as dificuldades por que tem passado, é, evidentemente, um grande bloco; os Estados Unidos são um bloco em si; o mesmo ocorre com a China e, até certo ponto, com a Índia; outras regiões, embora em estágios distintos de integração, tratam de agrupar-se, como a União Africana e a Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean)”, explicou.

Celso Amorim entremeou a palestra entre o improviso e o texto preparado para a aula magna. Durante pouco mais de 50 minutos, o ministro destacou a aproximação do Brasil com a África, bem como a integração das nações sul-americanas com o Caribe e a América Central.

No discurso, mencionou a participação das Forças Armadas nas missões de paz sob liderança da Organização das Nações Unidas (ONU), na mobilização dos governos do Brasil e da Turquia no embate sobre o programa nuclear do Irã e voltou a defender mudanças no Conselho de Segurança da ONU que permitam a inclusão de novos integrantes, como por exemplo, o Brasil.

Amorim também enfatizou a presença brasileira no extremo sul do atlântico, na Antártica, “onde a reestruturação da Estação Comandante Ferraz já está em curso”. E seguiu: “Atlântico Sul e África são dois espaços de natural presença brasileira”.

Na palestra, o ministro lembrou, ainda, de sua passagem pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, quando foi assessor internacional daquela pasta.

Novos cargos

Durante a aula magna, Celso Amorim informou que foi autorizada a contratação de 800 novos cargos no Centro Técnico Aeroespacial, fato que “dará novo ímpeto a esse setor absolutamente estratégico para a modernização de nossa defesa”. Lembrou que isso é fruto de parceria firmada com o Ministério da Educação.

“O ITA é uma referência nacional e internacional como instituição de excelência na área de ciência e tecnologia. Os trabalhos e pesquisas desenvolvidos nesse instituto foram e são motivo de orgulho para todos os brasileiros, e têm merecido crescente atenção no governo da presidenta Dilma Rousseff”, destacou.

Após a palestra, Amorim, na companhia do comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, do reitor do ITA, Carlos Américo Pacheco, e de oficiais da Força Aérea, percorreu as dependências da instituição. No trajeto, o ministro conversou com um grupo de alunos que destacou a importância do instituto na formação profissional militar e civil. Fonte: Ministerio da Defesa

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Mulheres passam a integrar Cavalaria e Infantaria do Exército da Argentina

Brasília - O Exército da Argentina suspendeu a proibição do ingresso de mulheres na Infantaria e Cavalaria. A decisão permitiu que 65 soldados do sexo feminino passem a fazer parte dessas armas. "[A iniciativa] elimina todas as restrições ao acesso do pessoal militar feminino nos diferentes escalões" , diz o texto. A medida foi assinada pelo comandante do Exército argentino, general Luis Pozzi, no último dia 13.
A decisão atende a um pedido da presidenta Cristina Kirchner, feito em dezembro de 2011. "É quase irônico que eu seja a comandante em chefe das Forças Armadas e que as mulheres não possam entrar em certas armas devido à sua condição de gênero", disse Kirchner, em uma cerimônia na Academia Militar.
Em texto publicado pelo governo, o Exército diz que “[desde a entrada em vigor da medida] 65 mulheres tiveram a possibilidade de exercer seu direito de escolha de arma em condições de igualdade com os homens".
A Infantaria é a mais antiga arma do Exército, formada por militares que podem combater nos mais variados tipos de terreno e condições meteorológicas. O objetivo é conquistar e manter o terreno. A Cavalaria é a segunda arma mais antiga. Foi criada para o combate a cavalo.
*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa.
Fonte: EBC

MPM denuncia vinte militares da FAB por esquema de pagamento indevido de auxílio-transporte


PJM Brasília requer a condenação de 20 militares por esquema para pagamento indevido de benefícios

O 1º Ofício da Procuradoria de Justiça Militar em Brasília apresentou Alegações Escritas requerendo a condenação de 20 militares envolvidos em irregularidades no pagamento de auxílio-transporte, de ajuda de custo, de férias, entre outros, na Base Aérea de Brasília, entre os anos de 2005 e 2007. Os militares respondem pela prática do crime de estelionato, art. 251 do Código Penal Militar.
Como descreve a promotora de Justiça Militar que assina o documento encaminhado ao Conselho Permanente de Justiça para a Aeronáutica: “... um esquema fraudulento foi montado por integrantes da Seção de Finanças (Tesouraria) e da Seção de Pessoal da BABR, com o intuito de burlar a administração militar, obtendo vantagens pecuniárias ilícitas a fim de beneficiarem outros militares da Base Aérea e a si próprios”.
Os integrantes das duas Seções (Tesouraria e Pessoal) criavam lançamentos indevidos referentes a auxílio-transporte, ajuda de custo, férias para pagamento pela Tesouraria. Todas essas ocorrências deveriam ser revisadas pela Comissão de Cotejamento da Base, que tinha a função de verificar as matérias financeiras. Caso identificasse algum erro, a Comissão emitiria um relatório solicitando a correção do pagamento pela Tesouraria.
Durante as investigações, verificou-se que a conferência feita pela Comissão de Cotejamento era precária e vários pagamentos indevidos não foram identificados. Considerando essa fragilidade na conferência, os integrantes da Tesouraria e da Seção de Pessoal montaram o esquema fraudulento.
Nos casos em que a Comissão percebesse a irregularidade, o militar seria chamado a restituir o pagamento indevido e o ocorrido era tratado como “erro administrativo”. Caso contrário, o crédito seria efetuado e a fraude, concretizada.
Para o sargento identificado como o principal mentor do esquema, o MPM requer a condenação como incurso no crime de estelionato continuado agravado pelo fato de ser o organizador do esquema e por ter sido praticado contra a administração militar. Em relação aos outros 19 militares, alguns deles articuladores do esquema, abordando militares, outros participando como recebedores dos pagamentos, o MPM requereu também a condenação pelo crime de estelionato agravado por ter sido praticado contra a administração militar.
Fonte:MPM

Florestas brasileiras serão mapeadas

25 Fev 2013

A partir deste ano, a biodiversidade do país começa a ser monitorada de perto com a criação do Inventário Floresta Nacional. Os biomas serão analisados e revisitados a cada cinco anos. Para especialista, o conhecimento é a maior arma contra a devastação

ÉTORE MEDEIROS


A Floresta Amazônica passará por um minucioso mapeamento no segundo semestre deste ano na realização do Inventário Floresta Nacional (IFN). A iniciativa do Ministério do Meio Ambiente (MMA) pretende reunir, até 2016, informações de cerca de 22 mil pontos amostrais de todos os biomas brasileiros — cerrado, mata atlântica, pantanal e caatinga, além da Amazônia. A intenção é que as áreas sejam revisitadas a cada cinco anos e monitoradas de acordo com a evolução dos recursos florestais existentes, contribuindo assim para elaboração de políticas de uso e conservação das matas.
Apesar de ser um país reconhecido e admirado mundialmente pela extensa biodiversidade, um inventário das florestas no Brasil só foi feito uma vez, entre as décadas de 1970 e 1980, ainda assim, mapeando somente os recursos madeireiros disponíveis, seguindo uma tendência mundial que buscava alternativas energéticas para a crise do petróleo. Para o diretor do Serviço Florestal Brasileiro (SFB), Joberto Veloso , no século 21, o foco é outro. “O inventário de hoje está voltado para a obtenção de dados como desmatamento, degradação, usos e funções das florestas, biodiversidade e espécies em extinção”, define Veloso.
Para fazer os registros em cada um dos 22 mil pontos de estudo, os profissionais contratados seguirão um manual elaborado pelo SFB, que determina a medição da altura e espessura dos troncos de árvores, coleta de amostras de cada espécie vegetal e do solo. Também serão realizadas entrevistas com moradores próximos às áreas pesquisadas.
Enquanto o SFB centralizará e consolidará os dados obtidos em campo, as amostras das plantas vão para diferentes herbários, responsáveis pelo trabalho de reconhecimento das espécies. Para controlar o uso da metodologia adotada, o inventário prevê parceria com universidades e institutos regionais, que farão uma segunda medição de cerca de 10% dos pontos, para efeito comparativo.
De acordo com Heron Martins, pesquisador do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), conhecer a floresta é fundamental para preservar os seus potenciais. “O principal inimigo das florestas é o desconhecimento, que diminui o valor da floresta em pé, e ela passa a valer mais como tora de madeira. Com o inventário, ficará mais fácil evitar a construção de grandes obras, como estradas e usinas hidroelétricas, em áreas de importância biológica”, afirma Martins, destacando que não é preciso esperar pelo inventário para preservar as florestas. “O asfaltamento de uma grande rodovia, como a BR-163, torna diversas áreas acessíveis, e quando não há a presença do Estado, para fiscalizar, é mais fácil que outros atores cheguem, descumpram as leis e provoquem o desmatamento”, comenta o pesquisador.

Piloto

O Distrito Federal e Santa Catarina tiveram as florestas mapeadas de forma piloto, ao longo dos dois últimos anos, para a avaliação da metodologia criada pelo SFB. Na capital do país, os primeiros resultados devem sair no primeiro semestre de 2013, enquanto os de Santa Catarina começaram a ser publicados durante o 63º Congresso Nacional de Botânica, em novembro de 2012. Na ocasião, foi celebrada a descoberta de uma nova espécie de bromélia.
O Herbário Dr. Roberto Miguel Klein, da Fundação Universidade Regional de Blumenau (FURB), em Santa Catarina, é um exemplo dos benefícios que o IFN poderá trazer. “O herbário pulou de 10 mil para 35 mil registros, e hoje conta com mais de 40 mil plantas, totalizando mais de quatro mil espécies distintas”, comemora o curador, o professor André Luís de Gasper.
O professor pondera, entretanto, que o novo material será inútil sem a formação de taxonomistas — especialistas em identificação de espécies —, sem a manutenção e atualização dos sistemas informatizados e do material oriundo das florestas. “Equipar os herbários e garantir que acidentes como os do Instituto Butantã, da Universidade de São Paulo, não aconteçam são fundamentais para a proteção deste tesouro”, alerta Gasper. Em 2010, um incêndio comprometeu parte do coleção de mais de 70 mil serpentes e quase 500 mil aranhas e escorpiões.
Além do mapeamento e coleta, o IFN também analisará cerca de cinco mil pontos em todo o território nacional, por meio de imagens de satélites. Ao serem cruzadas com os dados obtidos em solo, as informações permitirão a formação de um panorama vasto e inédito das florestas brasileiras. “A repetição do inventário a cada cinco anos possibilitará a criação de séries temporais, que mostrarão tendências dentro das florestas. Assim poderemos analisar os resultados de políticas que deram certo ou as que precisam ser implementadas”, conclui Veloso.

Acesso por rodovia

O Programa de Aceleração de Crescimento (PAC2) tem atualmente 5.279km de rodovias em obras de pavimentação ou construção, de acordo com balanço divulgado na semana passada, e a BR-163 responde por 978km do total. A estrada, que liga o Rio Grande do Sul a Santarém, no Pará, tinha um último trecho de terra, entre Guarantã do Norte, em Mato Grosso, e a cidade paraense. O balanço do PAC2 informa que 62% da obra de asfaltamento do trecho já está concluído, floresta amazônica adentro. Fonte: Correio Braziliense

A importância da presença na Antártica


25 Fev 2013

Visão do Correio


Um ano após o incêndio que consumiu 70% das suas instalações, a Estação Antártica Comandante Ferraz renasce em meio ao gelo. Com a paciência que o continente gelado exige e os R$ 40 milhões emergenciais liberados pelo governo federal logo depois do desastre, militares da Marinha do Brasil limpam a região e constroem os 39 módulos provisórios para abrigar os militares que passarão o inverno por lá, apoiando as pesquisas. Somente este ano são 20 projetos científicos.
Desde sua criação, em 1982, o Programa Antártico (Proantar) brasileiro nunca foi interrompido. Nem mesmo pelo fogo que atingiu 40% dos estudos em andamento. Graças ao esforço de cientistas e militares, que trocam o calorento verão brasileiro pelo verão antártico, quando a temperatura média de 0ºC permite o deslocamento pela região mais inóspita do planeta.
A Marinha conserva efetivo permanente no território do extremo sul da Terra há 31 anos. São 15 militares, que ficam por um ano na Estação Comandante Ferraz, dando todo o apoio logístico para pesquisas. Duas embarcações participam dos trabalhos no verão. Além de transportar víveres e pesquisadores, os navios funcionam como miniuniversidades. Juntos, eles têm sete laboratórios.
Por meio de reportagens, o Correio mostrou o esforço brasileiro para manter o Proantar. Um repórter do jornal passou quatro dias no Polo Sul, com os militares e cientistas do país. Há 31 anos com seu programa antártico, o Brasil tem motivos científicos, políticos e econômicos para investir tempo e dinheiro em território tão distante e hostil.
Manter estações e realizar pesquisa contínua em terras e águas austrais são exigências para garantir uma cadeira no grupo de 28 países com poder de voto no Tratado da Antártica. Entre as normas, o acordo internacional embarga até 2048 a exploração econômica na região. Quando for decidida a exploração mineral, o Brasil vai ter voz ativa.
O Proantar passa por reformulação científica, mais um movimento para aumentar a relevância do país entre os membros do tratado. A guinada passará por ampliar a cooperação com centros de excelência internacional e por expandir as pesquisas para outras regiões da Antártica. Uma das principais buscas é aprimorar as previsões meteorológicas, o que terá impacto direto na produtividade da agricultura, algo primordial em um país considerado celeiro, como o Brasil.
Os 14 milhões de quilômetros quadrados da Antártida — o equivalente a um Brasil e meio, mas que pode chegar a 32 milhões km² no inverno, com o congelamento dos mares —, conservam 90% do gelo e 80% da água doce do planeta. No continente também foram encontrados 176 tipos de minerais. Acredita-se que os recursos possam suprir a economia mundial por 200 anos.
No entanto, comparado a outros países, o investimento brasileiro na Antártida é pífio. Dono do programa mais ambicioso do planeta, os Estados Unidos aplicaram no ano passado US$ 76 milhões (R$ 149 milhões) só em pesquisas — sem contar a logística. No Brasil, o Ministério da Ciência e Tecnologia investiu R$ 144,8 milhões em 12 anos. Só em 2012, a Índia aplicou R$ 13,7 milhões; a China, R$ 19,6 milhões. Considerado o potencial da região, a conclusão é uma só: nenhum país está lá por acaso.

Arquivo militar




Por Ancelmo Gois

O Arquivo Nacional fez um acordo de cooperação técnica com o Superior Tribunal Militar. Vai treinar funcionários do STM para conservação de documentos.

A parceria vai permitir a digitalização de 707 processos de opositores do regime militar. Eles estão em 543 rolos de microfilmes. Fonte: O Globo

Indígenas ameaçam guerra para barrar hidrelétricas no rio Tapajós


Por André Borges
De Brasília


Não houve acordo. O governo teve uma pequena amostra, na semana passada, da resistência que enfrentará para levar adiante seu projeto de construção de hidrelétricas ao longo do rio Tapajós, uma região isolada da Amazônia onde vivem hoje cerca de 8 mil índios da etnia munduruku. Um grupo de líderes de aldeias localizadas no Pará e no norte do Mato Grosso, Estados que são cortados pelo rio, esteve em Brasília para protestar contra ações de empresas na região, que realizam levantamento de informações para preparar o licenciamento ambiental das usinas.

Os índios tiveram uma reunião com o ministro de Minas e Energia (MME), Edison Lobão. Na mesa, os projetos da hidrelétricas de São Luiz do Tapajós e de Jatobá, dois dos maiores projetos de geração previstos pelo governo. Lobão foi firme. Disse aos índios que o governo não vai abrir mãos das duas usinas e que eles precisam entender isso. Valter Cardeal, diretor da Eletrobras que também participou da discussão, tentou convencer os índios de que o negócio é viável e de que eles serão devidamente compensados pelos impactos. Os índios deixaram a sala.

Para o cacique Arnaldo Koba Munduruku, que lidera todos os povos indígenas da região do Tapajós, o resultado do encontro foi negativo. "Nosso povo não quer indenização, nem quer o dinheiro de usina. Nosso povo quer o rio como ele é", disse Koba ao Valor. "Não vamos permitir que usinas ou até mesmo que estudos sejam feitos. Vamos unir nossa gente e vamos para o enfrentamento. O Tapajós não vai sofrer como sofre hoje o rio Xingu", afirmou o líder indígena, referindo-se às complicações indígenas que envolvem o licenciamento e a construção da hidrelétrica de Belo Monte, em Altamira (PA).

Numa carta que foi entregue nas mãos do secretário-geral da Presidência, ministro Gilberto Carvalho, os índios pediram "que o governo brasileiro respeite a decisão do povo munduruku e desista de construir essas hidrelétricas". No mesmo documento, os índios cobram agilidade na investigação da morte de Adenilson Kirixi Munduruku, que foi assassinado com três tiros em novembro do ano passado, na região do Teles Pires, rio localizado no norte do Mato Grosso e que forma o Tapajós, em sua confluência com o rio Juruena.

Os índios se negaram a assinar um documento apresentado pela Presidência, que previa compromissos a serem assumidos pelo governo, por entenderem que se tratava de uma consulta prévia já atrelada ao licenciamento das usinas do Tapajós. "Viemos até aqui para cobrar a punição pelo assassinato de nosso irmão, mas vimos que a intenção do governo era outra. Ele queria mesmo era tratar das usinas, mas não permitimos isso", disse o líder indígena Waldelirio Manhuary Munduruku. "Não vamos nos ajoelhar. Não haverá usinas, nem estudos de usinas. Iremos até o fim nessa guerra."

No balanço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) divulgado na semana passada, o cronograma de São Luiz do Tapajós e de Jatobá estabelece o mês de setembro para conclusão dos estudos ambientais das usinas. O levantamento de informações na região começou a ser feito pela Eletrobras há pelo menos um ano e meio. Analistas ambientais e técnicos da estatal têm enfrentado resistências na região para colher informações dos moradores.

O grupo de empresas que o governo reuniu em agosto do ano passado para participar da elaboração dos estudos dá uma ideia do interesse energético que a União tem no Tapajós. Com a Eletrobras estão Cemig Geração e Transmissão, Copel Geração e Transmissão, GDF Suez Energy Latin America Participações, Endesa do Brasil e Neoenergia Investimentos.

Com as usinas de São Luiz e Jatobá, o governo quer adicionar 8.471 megawatts de potência à sua matriz energética. O custo ambiental disso seria a inundação de 1.368 quilômetros quadrados de floresta virgem, duas vezes e meia a inundação que será causada pela hidrelétrica de Belo Monte. O governo diz que é pouco e que, se forem implementadas todas as usinas previstas para a Amazônia, menos de 1% da floresta ficaria embaixo d"água. fONTE: Econômico Valor

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Paraguai pede respeito à Unasul, mas garante segurança dos observadores

O presidente do Paraguai, Federico Franco, pediu à Unasul que respeite a soberania do seu país, mas assegurou que irá garantir a segurança dos observadores da entidade durante as eleições presidenciais de abril.
"Vamos dar a eles todas as garantias para que os observadores possam circular dentro do território nacional com total segurança", afirmou o chefe de Estado durante uma coletiva de imprensa na qual revelou um reunião privada com um enviado da Unasul, o peruano Salomón Lerner.
Franco explicou que deixou claro com Lerner que seu país "pede respeito como país livre e soberano".
O Paraguai foi excluído da Unasul em junho do ano passado, em consequência da destituição do então presidente Fernando Liga mediante um julgamento político no congresso, que o acusou de "mau desempenho em suas funções".
A decisão foi qualificada pela maioria dos países da Unasul de "golpe parlamentar". Franco e os partidos representados no Parlamento não aceitaram a resolução da Unasur e denunciaram a "intromissão em seus assuntos internos".
Mesmo tendo a segurança garantida, os observadores não receberam imunidade diplomática. O presidente paraguaio disse a Lerner que confiava na imparcialidade destes observadores.
No entanto, outros membros do governo chegaram a declarar publicamente que os observadores chegaram ao país "para atrapalhar as eleições".

URUGUAI - Justiça considera prescritos crimes da ditadura

Para Supremo do Uruguai, lei que garantia investigação de infrações anistiadas é inconstitucional

A Suprema Corte de Justiça do Uruguai (SCJ) emitiu sentença ontem na qual considera inconstitucional a lei aprovada em 2011 que permitia a investigação de crimes ocorridos durante a ditadura (1973-1985), antes abrigados sob a lei de anistia aprovada em 1986. A decisão, tomada por quatro votos a um, provocou reação imediata da oposição de direita, que defendeu a liberdade de posição da corte, e do governo esquerdista, para quem a sentença foi "uma barbaridade", como disse o vice-presidente da coalizão de governo Frente Ampla, Juan Castillo:

- É incrível que ainda existam artifícios que permitam aos violadores de direitos humanos ficarem impunes. O recado que está sendo dado às vítimas e a suas famílias é aterrorizante.

O presidente do Uruguai, José Mujica - um ex-guerrilheiro tupamaro que passou mais de dez anos preso durante a ditadura -, não tinha comentado a decisão até a noite de ontem.

Seu partido, o MPP, afirmou em comunicado que "a maioria da SCJ é responsável pela manutenção da impunidade". O PVP, outra legenda da Frente Ampla, prometeu denunciar a SCJ à Corte Interamericana de Direitos Humanos.

Oposição cobra respeito à decisão

Enquanto o governo já programa uma manifestação para a segunda-feira em Montevidéu, os partidos da oposição reclamaram do posicionamento da Frente Ampla após a decisão judicial.

"Não respeitam o povo quanto vota, nem os juízes quando ditam sentença; acreditam estar por cima da Constituição", escreveu o senador Ope Pasquet, do Partido Colorado, no Twitter.

Ao jornal local "El País", Ignacio Errandonea, integrante da Associação de Familiares de Desaparecidos, disse ter ficado surpreso com a "contradição" da corte:

- Não sei o que pretendem. Será necessário ver caso a caso.

A incerteza jurídica levantada por Errandonea não foi dissipada pelo porta-voz da SCJ, Raúl Oxandabarat.

- O destino de cada um dos procedimentos ou julgamentos sobre crimes da ditadura dependem do juiz da causa, e nisso a SCJ não pode intervir. Por isso, neste momento não é possível saber o que vai acontecer.

Segundo especialistas consultados pelo "El País", a decisão determina que causas judiciais abertas e nas quais não há militares processados por crimes na ditadura deverão ser arquivadas. Já as causas nas quais já há processados poderão continuar a ser investigadas.

Cerca de 200 uruguaios foram sequestrados e mortos durante a ditadura. A lei de 2011 que foi alvo da decisão do SCJ levou à prisão ditadores como Bordaberry e Gregorio Álvarez. Fonte: O Globo
 

Como ganhar a guerra econômica contra o Irã

Se o Irã não abandonar seu programa de armas nucleares, uma coisa é certa na estratégia adotada por Washington em relação à República Islâmica: haverá mais sanções. Por outro lado, também é inevitável que, quanto mais as medidas econômicas afetarem os iranianos médios, mais controvertidas elas se tomarão, principalmente na Europa.

Portanto, os EUA e aliados deveriam se antecipar e minar a insistência do Irã numa falsa crise humana afim de enfraquecer o compromisso global com as sanções. Uma vitória na guerra econômica exige também uma vitorianas relações públicas.

Poderemos discutir se as sanções, que cortaram pela metade as exportações de petróleo iranianas, frustraram as aspirações do líder supremo Ali Khamenei. Entretanto, a discussão é em grande parte irrelevante. O presidente Barack Obama usa as sanções pela mesma razão que o presidente George W. Bush as usou: elas são o único recurso não militar para coagir o regime de Teerã que viola todos os acordos e se rejeitas as inspeções.

As sanções seriam ainda mais cruciais depois de um ataque preventivo americano ou israelense sobre as instalações nucleares no Irã. Qualquer que fosse a gravidade dos danos, americanos e europeus não iam querer que fossem reparados. Por isso, as autoridades em Washington prometeram sanções ainda mais rigorosas.

É por esse motivo que deveriam ficar alarmados com as recentes reclamações do governo iraniano e de ONGs ocidentais bem intencionados, segundo as quais as pressões exercidas em toda parte lideradas pelos EUA estão causando falta de remédios, de leite em pó e de outros produtos de primeira necessidade.

Não acreditamos nas denúncias de que as sanções estejam ameaçando vidas de civis. O regime clerical pode usar as receitas do petróleo para comprar o que for necessário para evitar uma crise humana. Não existem sanções contra as importações de alimentos ou medicamentos no Irã. Os crescentes problemas de saúde na República Islâmica estão muito mais relacionados à corrupção e às preferências de gastos do regi me do que às sanções.

Mas os EUA precisam ser honestos e abertos em suas medidas a fim de também serem claros a respeito dos meios , necessários para impedir que os iranianos doentes acabem morrendo. O governo Obama e o Congresso pretendem tornar as sanções suficientemente rigorosas para obrigar Khamenei a fazer uma escolha fundamental - o regime ou a bomba antes que o programa nuclear atinja o ponto em que lhe seja possível construir rápida e secretamente uma bomba. Os EUA e aliados europeus querem que a elite governante iraniana - que travou uma profunda luta interna, uma guerra devastadora com o Iraque, e há mais de 30 anos enfrenta uma queda constante do padrão de vida - tenha medo das consequências políticas de um colapso econômico.

Considerando o progresso do regime no campo nuclear, serão necessárias novas sanções para paralisá-lo imediatamente. Um recente relatório do Projeto sobre a Estratégia de Não Proliferação EUA-Oriente Médio destaca meados de 2014 como a data na qual Teerã deverá atingir a "capacidade crítica" de produção de urânio enriquecido para a construção de uma bomba antes que a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) ou os serviços de inteligência ocidentais possam detectar.

Os iranianos poderão chegar lá ainda mais depressa se conseguirem operar as modernas centrífugas recentemente instaladas ou aperfeiçoar seu reprocessamento de plutônio, como anunciou há pouco. O pior é que as centrífugas mais avançadas são mais fáceis de ocultar, pois exigem um volume de água e laboratórios menores.

Contra essa ameaça, nos encontramos com uma arma de certo modo pouco prática. Não existem "sanções inteligentes" que permitam punir a elite iraniana e poupar o homem comum. O Irã tem uma economia profundamente socializada e a Guarda Revolucionária, que supervisiona o programa nuclear, é responsável por praticamente todo o setor econômico, principalmente na área de energia. É impossível atingir os guardas ou Khamenei sem abalar toda a economia.

O fato de o regime controlar a economia iraniana foi a base para as sanções aprovadas por Obama no mês passado, que criam uma estrutura muito mais forte para o embargo comercial imposto pelos EUA ao Irã. Elas têm como alvo as companhias estrangeiras que têm negócios com os guardas ou com entidades iranianas que fazem parte do governo, ou atuam como seus agentes ou instrumentos. A não ser que as companhias estrangeiras vendam produtos de primeira necessidade, ou sejam beneficiadas por exceções limitadas relacionadas às compras de petróleo, precisarão encontrar um parceiro privado sem ligações com os guardas ou o governo. Em setores estratégicos dá economia iraniana, isso é praticamente impossível.

As autoridades americanas também decidiram endurecer o embargo financeiro para atingir as reservas em divisas estrangeiras que o Irã mantém em bancos no exterior. O Congresso prepara uma legislação destinada a convencer o Banco Central Europeu (BCE) a fechar o acesso ao seu sistema de pagamento em bancos europeus a toda instituição financeira que ajuda o Irã a usar ou transferir seus ativos em euros. Isso é possível, pois essas transferências em euros são processadas por meio do sistema de pagamentos interbancários Targetz do BCE. As diretrizes do BCE proíbem o acesso ao Target para as , pessoas que praticam "lavagem de dinheiro, financiamento do terrorismo, atividades nucleares sensíveis em termos de proliferação e desenvolvimento de sistemas de lançamento de armas nucleares". Essa linguagem descreve literalmente o regime iraniano.

Em que resultariam todas essas novas medidas? Muito provavelmente no colapso da moeda do Irã nos próximos 18 meses. Neste caso, o governo Obama precisará se preparar desde já para os inevitáveis efeitos. O governo de Bill Clinton não estava preparado na questão do Iraque. Talvez as sanções da ONU lideradas pelos americanos tenham sido decisivas para dissuadir Saddam Hussein nos anos 90 a dar prosseguimento a seu programa de armas de destruição em massa. Mas na guerra de relações públicas, os EUA foram profundamente abalados, em grande parte porque o regime iraquiano violou consistentemente o intercâmbio para fins humanitários, e a Casa Branca não conseguiu responder às críticas da Europa e de outras regiões, segundo as quais as sanções estariam causando um desastre humano - como as denúncias de que as operações americanas matavam milhares de criancinhas iraquianas todos os meses.

Críticas semelhantes ao tratamento destinado por Washington ao Irã já estão chegando à Europa e a instituições globais da área de saúde. Mas à medida que elas afetam mais profundamente a economia iraniana, e no caso de o regime melhorar suas relações públicas, o sentimento contrário às sanções poderá aumentar rapidamente na Alemanha, a principal parceira comercial europeia do Irã. Na Europa e nos EUA, onde muitos círculos de política externa já concordaram que o Irã tenha a sua bomba, as sanções poderão parecer gratuitas, cruéis e contraproducentes.

Com sua inação na Síria e a nomeação de John Kerry ao cargo de secretário de Estado, e Chuck Hagel como secretário da Defesa, o governo Obama deixou claro que tem pouco interesse em novas intervenções militares no exterior. A guerra econômica deverá se alastrar cada vez mais. Na realidade, as sanções afetam profundamente o homem comum assim como afetam esse regime cruel, mas a desvantagem para os ocidentais avessos ao risco não é tão grande quanto a possibilidade de um prolongado conflito no exterior. / Tradução de Anna Capovilla. Fonte: Estadão

Coreia do Norte envia ameaça direta a tropas americanas

A tensão na Península da Coreia aumentou com os testes nucleares do início de fevereiro

O regime norte-coreano enviou neste sábado uma mensagem direta às tropas americanas desdobradas na Coreia do Sul, que são acusadas de "incitar uma guerra" e ameaçadas com uma "desgraçada destruição", informou a agência estatal KCNA.

Pak Rim-su, o delegado militar da Coreia do Norte na aldeia de Panmunjom, enviou a advertência por telefone ao general James Thurman, a cargo da missão americana na península da Coreia. "Melhor que leve em conta que aqueles que incitam a guerra enfrentam uma destruição desgraçada", rezava a mensagem do regime norte-coreano, segundo a agência KCNA.
Os EUA mantêm desdobrados em território sul-coreano mais de 28 mil soldados como força dissuasória contra o país comunista desde o fim da guerra entre as duas Coreias (1950-53). O Exército americano realiza todos os anos, em cooperação com a Coreia do Sul, vários exercícios militares, entre eles o "Key Resolve" e o "Foal Eagle", que em março mobilizará mais de 200 mil soldados dos dois países.
O regime comunista qualificou hoje os exercícios conjuntos de EUA e Coreia do Sul como uma "guerra de agressão" encoberta "em um momento muito perigoso", e advertiu que depois do seu começo "vosso destino estará por um fio".
Em 12 de fevereiro, a Coreia do Norte fez o seu terceiro teste nuclear, ação que foi condenada internacionalmente e qualificada como uma grave "provocação" tanto pela Coreia do Sul como pelos EUA.
O presidente americano, Barack Obama, defendeu que a capacidade dos mísseis na região seja reforçada para fazer frente aos avanços militares do regime comunista. Fonte: DefesaNet

EUA e Coréia do Sul farão manobras militares conjuntas

Manobras militares conjuntas Coreia do Sul-EUA na península coreana

SEUL, 21 Fev 2013 (AFP) - Estados Unidos e Coreia do Sul realizarão durante dois meses as manobras militares anuais por terra, mar e ar, em um momento de tensão na península coreana.
As manobras, chamadas 'Foal Eagle', acontecerão entre 1 de março e 30 de abril. Os dois países também organizarão manobras simuladas por computador entre 11 e 21 de março.
A Coreia do Norte é contrária às manobras, que considera exercícios de treinamento para uma invasão do norte da península coreana. Washington e Seul afirmam que são apenas "manobras defensivas".
As manobras terão 10.000 soldados americanos e um número igual ou superior de soldados sul-coreanos.
Os Estados Unidos têm presença militar na Coreia do Sul desde a guerra da Coreia (1950-1953). Atualmente, 28.500 soldados estão no país.
Desde 12 de dezembro, quando a Coreia do Norte lançou um foguete que parte da comunidade internacional considerou um teste nuclear camuflado, a Coreia do Sul executa exercícios militares.
Fonte: UOL

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Informe Otalvora - El largo brazo de la dictadura cubana ataca en Brasil.

SUMARIO AFUERA: El largo brazo de la
dictadura cubana ataca en Brasil.

*** Pdvsa sin finanzas para cubrir el compromiso por refinería en Brasil. Ofrece pagar con petróleo crudo.
*** Agresiones contra Yoani Sánchez fueron planeadas por la Embajada de Cuba en Brasilia.
*** Juan Manuel Santos y el jefe de las Farc se reunieron con Chávez en Cuba.
*** La fotografía del guerrillero Iván Márquez sobre una Harley Davidson habría sido tomada en Caracas.

Las fotografías del jefe guerrillero Iván Márquez posando sobre una ostentosa motocicletaHarley Davidson, habrían sido tomadas en Caracas durante el año 2007.

El 14FEB13, la revista Semana publicó dos fotografías de Márquez, el jefe de la delegación de las Farc que negocia un acuerdo de paz con el gobierno colombiano. El guerrillero posa sobre una moto Harley Davidson, identificada por la revista como modelo Sportster 2007. Salvo la presencia en una de las gráficas de un vehículo con matrícula venezolana,
aparentemente no aparecen más datos que pudieran señalar dónde el guerrillero pudo disfrutar del costoso vehículo. Interrogado en Cuba el 18FEB13 sobre la autenticidad de las fotos, Márquez las confirmó pero aludió no recordar sitio y fecha cuando fueron tomadas.

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Fuentes consultadas aseguran que las gráficas de Iván Márquez divulgadas por Semana fueron tomadas en las instalaciones del Fuerte Tiuna de Caracas, en el segundo semestre del año 2007. De la misma fecha serían las conocidas fotografías donde Márquez posó con los guerrilleros Rodrigo Granda y José Santrich y con la para entonces senadora Piedad Córdoba. En aquellos días las Farc discutían con Hugo Chávez los planes para vincular las liberaciones de secuestrados con un proceso que llevara a las Farc a negociar un esquema que le permitiera la formación de un partido político, agenda frustrada en aquel momento por la ruptura entre Alvaro Uribe y el gobierno venezolano.


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Recientemente quienes fueron responsables de las aproximaciones iniciales entre el gobierno de Juan Manuel Santos y las Farc en 2012, han revelado detalles de ese proceso. Queda en evidencia que las negociaciones que se realizan en La Habana desde noviembre del 2012 son, a los efectos de la guerrilla, una proyección del proyecto diseñado por las Farc y Hugo Chávez en 2007. De hecho, la intervención de Hugo Chávez a principios del año 2012 habría sido determinante para alcanzar el “Acuerdo General” suscrito el 26AGO12 que delineó las actuales negociaciones.


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Las Farc propusieron que las negociaciones con el gobierno Santos se realizaran en territorio colombiano o en Venezuela, para lo cual contaban con el beneplácito de Hugo Chávez. Según Enrique Santos, hermano del Presidente colombiano y uno de los negociadores del “Acuerdo General”, la sede de las conversaciones se estableció finalmente en La Habana en razón de brindar condiciones de seguridad y, “sobre todo, porque garantizaba confidencialidad". Mientras las Farc procuraban que las negociaciones sirvieran de plataforma propagandística, Santos prefería una sede lejana de la prensa, cosa que hubiera sido imposible en Colombia o Venezuela. Finalmente las Farc aceptaron la “seguridad” que le ofrecía Cuba, a cambio de la “confidencialidad” que buscaba Santos.

El férreo control de la dictadura castrista sobre la isla permite un alto nivel de secreto, al igual que en el caso de la enfermedad de Hugo Chávez, lo cual resultó el criterio más importante para el gobierno colombiano.

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Ahora se sabe que las conversaciones preliminares entre Farc y el gobierno colombiano abiertas el 23FEB12, estuvieron a punto de quedar rotas apenas unas semanas después. El mes de marzo del 2012 fue particularmente activo en cuanto a reuniones celebradas en La Habana para destrancar las negociaciones. Juan Manuel Santos viajó a La Habana para conversar con Raúl Castro y con Hugo Chávez sobre las negociaciones con las Farc. Santos visitó a Chávez en la clínica CIMEQ el 07MAR12.

Según Enrique Santos, en versión confirmada por el representante guerrillero Mauricio Jaramillo, el Jefe del Estado Mayor de las Farc, Timoleón Jiménez Timochenko, también viajó a La Habana. Durante su estadía en marzo del 2012, sostuvo una reunión con Hugo Chávez, de la cual el gobierno colombiano estuvo previamente informado. Durante el mes de marzo del 2012, el presidente venezolano se encontraba usualmente en Cuba, en tratamiento de quimioterapia tras la tercera operación por cáncer que le fuera realizada en febrero de ese año. Algunas fuentes indican que la reunión de Timochenko con Chávez fue sugerida por el propio Santos.

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Las movilizaciones hacia Cuba, en febrero del 2012, de los delegados de las Farc que participaron en las negociaciones preliminares, estuvieron en manos del gobierno venezolano. Según lo ha insinuado el propio Chávez, la coordinación por parte de Venezuela fue ejecutada por el entonces canciller Nicolás Maduro. De acuerdo a lo narrado por el jefe guerrillero Mauricio Jaramillo, el traslado de él y los restantes representantes de las Farc a Cuba, se habría realizado desde el aeropuerto de Maiquetía. Habrían ingresado a Venezuela por la frontera Táchira-Norte de Santander.

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El gobierno cubano, junto a partidos de izquierda brasileños incluyendo al oficialista PT, planeó y ejecutó acciones violentas contra Yoanis Sánchez durante su estadía en Brasil.
Apelando a la reforma migratoria que flexibilizó las normas para la salida de cubanos fuera de su país, la militante anti castrista de 37 años de edad, solicitó la emisión de su pasaporte a principios del mes de enero del 2013. El trámite fue seguido internacionalmente dada la proyección que Sánchez ha ganado por su actividad informativa y política desde las redes en Internet. Tras veinte solicitudes negadas para salir de Cuba en los últimos años, Sánchez recibió su pasaporte el día 30ENE13. Seis días después, en la sede de la embajada de Cuba en Brasilia, se realizaba una reunión para coordinar acciones contra la cubana cuyo primer destino en el extranjero era el estado de Bahia, al nordeste de Brasil.

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“Conexão Cuba-Honduras” es un film realizado en 2009 por el brasileño Cláudio “Dado” Galvão da Silva en Cuba y Honduras. Narra la situación de represión contra opositores en Cuba, pero igualmente se refiere a las acciones contra un canal de Tv por parte del gobierno interino del antiizquierdista Roberto Michelleti en Honduras. Su estreno se realizó el 10FEB12 en Jequié, estado de Bahía. Para aquella ocasión el cineasta había extendido invitación a Yoani Sánchez, quien incluso recibió visado por parte de Brasil, luego que el gobierno de Dilma Rousseff recibiera señales desde La Habana sobre la eventual concesión del permiso de salida a la bloguera. El gobierno castrista impidió en aquella ocasión que Sánchez llegara a Brasil. Un año después, con su pasaporte en la mano, Sánchez colocó la visita al nordeste brasileño como primer punto en su periplo internacional.

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El vuelo La Habana-Panamá llevó a Sánchez en la madrugada del 18FEB13 al aeropuerto de Guararapes, en Recife, la capital del estado de Pernambuco. Allí era esperada por Dado Galvão, quien la escoltó hasta Feira de Santana, la ciudad situada en el estado de Bahía donde esa misma noche se exhibiría el film “Conexão Cuba-Honduras” y se escucharía una charla de la cubana.

Pero no sólo Galvão esperaba a Yoani Sánchez. Un grupo de militantes izquierdistas, portando pancartas a favor de Fidel Castro, gritaban improperios contra Sánchez, le arrojaban a la cara falsos billetes y uno de los agresores alcanzó a halarla cabellera de la mujer que caminaba sola por un pasillo del aeropuerto. Horas después hechos similares ocurrieron en el aeropuerto de la ciudad de Salvador y en la sede de la Universidad Estadual de Feira de Santana, con lo cual impidieron la exhibición del film de Galvão. Las acciones contra Yoani Sánchez, que ella calificó como un típico “acto de repudio” semejante a los que organiza el gobierno cubano contra los opositores, fueron ejecutadas por militares del oficialista partido PT, del Partido Comunista de Brasil y de organizaciones con denominaciones como União da Juventude Rebelião, União da Juventude Socialista y Associação José Marti da Bahia. Todos ellos portaban propaganda similar, gritaban las mismas consignas y llevaban consigo el mismo dossier con información sobre Yoani Sánchez.

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Lo que ocurrió en Recife, Salvador y Feira de Santana fue tramado por la Embajada cubana en Brasilia, tal como lo había advertido la revista Veja varios días antes. Un reportaje de Veja informó sobre la reunión convocada por Carlos Zamora Rodríguez, el embajador del gobierno cubano en Brasilia y realizada el 06FEB13. En el encuentro del diplomático cubano con representantes del PT y del Partido Comunista se habría distribuido un dossier de información sobre Sánchez y se habrían planeado acciones para desacreditar a la opositora. Zamora habría informado a los asistentes que las actividades de Sánchez en Brasil serían seguidas por agentes cubanos. En la reunión habría participado Ricardo Poppi Martins, coordinador de “Nuevos Medios y Otros Lenguajes” de la Secretaría General de la Presidencia de Brasil. El ministerio, en manos de ministro Gilberto Carvalho, militante del PT y hombre de confianza de Lula da Silva, reconoció haber recibido de la embajada cubana un CD con información sobre Yoanis Sánchez. El funcionario Martins viajó a La Habana la semana antes de la visita de Sánchez a Brasil.

La acción de la Embajada cubana hizo ganar relevancia noticiosa a la visita de Sánchez a una lejana población nordestina.

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La petrolera brasileña Petrobras aún espera por el aporte que Pdvsa debe hacer para cubrir su porcentaje como accionista en la refinería Abreu e Lima, que se construye en Suape, estado de Pernambuco. Información divulgada en Brasil señala que la petrolera venezolana, con serios problemas financieros y de endeudamiento, habría ofrecido pagar en especie, el monto que le corresponde como accionista de la refinería, montante en US$ 4.200 millones. Pdvsa ofreció enviar petróleo pesado para ser procesado en la futura refinería, a cambio de su participación accionaria. La oferta es poco atractiva para Petrobras que muestra problemas de liquidez. La decisión estará al más alto nivel político de Brasil.