Calouros do ITA aprendem lições militares para sobrevivência na selva
Treinamento acontece em área militar na cidade
de São José dos Campos. Universitários aprendem lições como camuflagem e
construção de abrigos.
Os 124 estudantes aprovados no vestibular do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA)
em 2013 participam até a próxima sexta-feira (22) de um acampamento
militar em que são submetidos a atividades para sobrevivência na selva,
como construção de abrigos improvisados, camuflagem, primeiros socorros e
até almoço com ração.
O acampamento começou na madrugada de quinta-feira (21), quando os
alunos receberam os equipamentos e armamento. Em seguida eles fizeram
uma marcha de nove quilômetros dentro do Departamento de Ciência e
Tecnologia Aeroespacial (DCTA) até o local do acampamento. As atividades
serão realizadas até sexta-feira (22).
De acordo com o capitão Michel Marconi Ramos, o objetivo do acampamento
é fortalecer fundamentos de disciplina, cooperativismo e união dos
universitários. "Todo jovem tem que estar em dia com o serviço militar e
os estudantes aqui estão cumprindo seu dever com a sociedade. No
acampamento, todos os aprovados no concurso participam, sejam optantes
pela carreira militar ou não. E o objetivo é que eles adquiram
fundamentos que sejam bons não só para os militares, mas também para
todo cidadão", explicou.
Ainda segundo o capitão Marconi, os fundamentos são adquiridos pelos
universitários por meio das provas em que eles participam ao longo dos
dois dias. Depois do acampamento, os alunos terão instruções mais
técnicas no Centro de Preparação de Oficiais da Reserva de São José. As
aulas acontecerão apenas uma vez por semana.
O estudante Felipe Mostavenco, aprovado pelo ITA para o curso de engenharia mecânica, afirmou ao G1 que o acampamento militar está sendo bastante proveitoso para ele.
"Aqui você assimila conhecimentos de situações anômalas e também outras
instruções que podem ser usadas no dia-a-dia, que também deveriam ser
aprendidas por todo cidadão", explicou o estudante de 19 anos.
Mostavenco disse também que já estudou em colégio militar e deve optar
pela carreira na área. "A Força Aérea tem uma retribuição a ser prestada
à sociedade nos próximos anos, principalmente com mais tecnologia e
quero fazer parte disso", disse.
Já a estudante Ana Carla Costa, aprovada para o curso de engenharia
civil, disse que ainda não decidiu se irá optar pela carreira militar.
Ela disse que na inscrição ao vestibular optou pela carreira civil, mas
que a participação no acampamento pode fazê-la mudar de ideia.
"Eu havia escolhido pela reserva, mas estou gostando muito e posso
mudar de ideia. Aqui a gente ganha coragem, força e preparo psicológico
para encarar os problemas. O que a gente aprende aqui pode usar também
em muitas áreas", afirmou. Fonte: DefesaNet
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