Sargento e soldado são presos em Campinas, suspeitos de vender munição desviada do Exército
Militares são presos suspeitos de negociar armas com quadrilhas de SP
Sargento e soldado de Campinas negociavam com criminosos por SMS.
Polícia desconfia que eles vendiam material para explosão de caixas.
Dois militares de Campinas (SP) foram presos, nesta quarta-feira (6),
suspeitos de desviar armas e munição do Exército e vender o material de
uso restrito a traficantes e quadrilhas de roubos a caixas eletrônicos.
De acordo com o Departamento de Investigações sobre Crime Organizado
(Deic) de São Paulo, o sargento e o soldado abasteciam bandos que
atuavam em todo o interior do estado.
Segundo a polícia da capital, a
polícia do Exército deu voz de prisão aos dois quando eles chegavam
para trabalhar no 28º Batalhão de Infantaria Leve de Campinas. Na casa
do sargento, os policiais encontraram grande quantidade de munição.
Durante as investigações, agentes do Deic acompanharam por um mês a ação
dos militares junto aos criminosos. Em uma das transações, os suspeitos
teriam vendido mil balas de fuzil para traficantes de Campinas.
Segundo a polícia, com a autorização da Justiça, foram interceptadas
mensagens de texto do celular de um dos suspeitos. Em uma delas, ele
oferece uma pistola nove milímetros e, em seguida, dá o preço: R$ 4,3
mil. “Só não se vendeu porque eles acabaram sendo presos antes dessa
compra acontecer”, disse o delegado do Deic Antônio de Olim.
O
general Tomás Miguel Ribeiro Paiva, comandante da 11ª brigada de
infantaria leve, informou que o Exército abriu um processo interno de
investigação para apurar, em paralelo, a suspeita de desvio de armas e
munição da corporação.
“Nós vamos investigar se existe desvio de
munição militar. Mesmo que seja um cartucho ou dois. É nossa obrigação
abrir o inquérito de investigação militar. Houve uma quebra da ética
militar, que enseja um julgamento no tribunal de ética e a expulsão
dele. Ele não pode permanecer mais como militar, vestir a mesma farda”,
disse.
O sargento foi indiciado por formação de quadrilha e porte de
munição e vai ficar preso num quartel em Osasco. Já o soldado foi
indiciado por formação de quadrilha e a polícia deve pedir a prisão
temporária dele nesta quinta. Até que isso ocorra, ele permanecerá
recolhido ao quartel.
Fonte:G1/montedo.com
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