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quarta-feira, 5 de junho de 2013

Índios vão a Brasília em aviões da FAB para discutir sobre hidrelétricas

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O encontro com o ministro da secretaria-geral da presidência, Gilberto Carvalho, terminou sem acordo.

Dezenas de indígenas voaram para Brasília em aviões da FAB para um encontro que terminou sem acordo com o ministro da secretaria-geral da presidência, Gilberto Carvalho.
Na semana passada, esse grupo tinha invadido o principal canteiro de obras da Usina de Belo Monte, no Pará. No sul do Brasil, houve novos protestos pela demarcação de reservas.
No norte do Rio Grande do Sul, três estradas foram bloqueadas pelo segundo dia seguido. O congestionamento chegou a mais de dois quilômetros. As estradas só foram totalmente liberadas no fim da tarde.
Em Porto Alegre, houve manifestação no centro da cidade e alguns índios foram recebidos pelo governador Tarso Genro.
E em Altamira, no Pará, quase 150 índios, a maioria deles da etnia Munduruku, embarcaram para Brasília, em dois aviões da FAB. Viagem bancada pelo Governo Federal.
Os mesmos índios que na semana passada paralisaram por cinco dias as obras da Usina de Belo Monte. Sendo que alguns vivem a 800 quilômetros da hidrelétrica.
Eles só permitiram que os trabalhos na usina continuassem no fim da semana passada, quando confirmaram a reunião desta terça-feira.
Para entrar no prédio, nos fundos do Palácio do Planalto, detectores de metal. Nada de arcos ou flechas.
Na reunião, coordenada pelo ministro Gilberto Carvalho, da secretaria-geral da Presidência da República, e com representantes de outros cinco ministérios, mais Funai e CNBB, os índios disseram que queriam ter sido ouvidos sobre a construção das usinas de Belo Monte, Tapajós e Teles Pires.
Foi uma longa reunião, mas as posições não mudaram. Os índios não querem as usinas.  O governo diz que precisa delas. O ministro Gilberto Carvalho disse que volta a conversar com eles, quando eles quiserem, até no Pará. Os índios ficaram de pensar.
“Nós os trouxemos aqui para um diálogo, ouvimos longamente as falas deles, as críticas deles. Mas fomos absolutamente claros com eles, dizendo que o governo não vai abrir mão dos seus projetos. Agora, o governo fará as correções necessárias para fazê-lo de forma adequada para que esses empreendimentos deixem um rastro de vida, não de morte”, declarou o ministro.
O ministro também afirmou que a segurança em belo monte será reforçada. Gilberto Carvalho disse aos índios que o governo aceita diferentes formas de protesto - mas que não pode aceitar novas invasões da usina. G1/sosfamiliamilitar

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