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domingo, 23 de junho de 2013

Países irão prover ajuda militar a rebeldes sírios


Grupo fecha acordo para enviar com urgência equipamentos para rebeldes
Após reunião em Doha, ministros criticam participação do movimento Hizbullah e do Irã no conflito
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
Onze países que fazem parte do Grupo de Amigos da Síria, de apoio à oposição do país, anunciaram ontem um acordo para enviar ajuda militar urgente aos rebeldes que desde 2011 tentam derrubar o ditador Bashar al-Assad.
Após uma reunião em Doha (Qatar), o grupo disse em comunicado que havia concordado em "prover urgentemente todo o material e o equipamento necessários para a oposição síria em solo".
A nota não informa se todos os países vão enviar armas. Cada um vai contribuir "a seu modo".
No fim de maio, a União Europeia chegou a um acordo para suspender o embargo ao fornecimento de armamento à Síria, abrindo caminho para que países do bloco municiem os rebeldes.
A ajuda será enviada ao Exército Livre da Síria, principal braço armado da oposição, em uma tentativa de impedir que ela caia nas mãos de radicais islâmicos --o conflito tem adquirido cada vez mais contornos sectários, inclusive com a participação de extremistas de outros países.
Na reunião de ontem, os Amigos da Síria condenaram a intervenção de milícias do movimento xiita libanês Hizbullah e de oficiais do Irã e do Iraque na guerra civil.
Há duas semanas, militantes do Hizbullah lideraram a retomada da cidade de Qusair, até então sob domínio rebelde. E comandantes militares iranianos estariam aconselhando membros do governo de Assad em ofensivas contra a oposição.
O encontro em Doha teve a participação de ministros e oficiais de França, Alemanha, Egito, Itália, Jordânia, Qatar, Arábia Saudita, Turquia, Emirados Árabes Unidos, Reino Unido e Estados Unidos.
Antes do anúncio, o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, havia pedido que os rebeldes recebessem mais ajuda militar e diplomática.
"Governos civis confiáveis e uma oposição mais forte e mais eficientemente armada serão mais capazes de contrabalançar as iniciativas de Assad", afirmou. Kerry ressaltou, porém, que a solução para o país é "política", não militar.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, já havia anunciado sua intenção de aumentar a ajuda aos rebeldes após o país concluir que Assad usou gás sarin em pelo menos duas batalhas, matando até 150 pessoas.
O sarin é um agente paralisante que causa vômito e dificuldade para respirar.
Ontem, o chanceler da França, Laurent Fabius, informou que o país enviou medicamentos para esse tipo de ataque, suficientes para proteger cerca de mil pessoas.
Enquanto isso, Assad ordenou um aumento de salários para os militares e funcionários públicos, em uma tentativa do governo de proteger aliados da inflação registrada no país. As aposentadorias também terão alta.

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