João Fernando
Não
é só de diálogos no conforto do ar-condicionado do estúdio e de cenas à
beira-mar que vive o elenco de “Flor do Caribe”. A partir desta
quinta-feira, 09, o núcleo de pilotos da Aeronáutica da trama das 6 será
visto escalando paredes, desbravando a mata de madrugada e distribuindo
golpes nas cenas do resgate de Cassiano (Henri Castelli), sequestrado
pelo vilão Dom Rafael, papel de César Troncoso.
“Saí
cheia de (hematomas) roxos, ajoelhei no chão para dar umas chaves de
braço”, contou à reportagem Thaíssa Carvalho, intérprete da piloto
Isabel. Na história, os amigos do protagonista saem em missão não
oficial para buscá-lo em um masmorra caribenha em clima de filme de
ação.
Vestidos
com um figurino inspirado nos soldados do Batalhão de Operações
Especiais (Bope), os atores foram treinados por um profissional da
corporação. “Era uma missão clandestina, não autorizada, mas eles
deveriam ter comportamento tático para dar verossimilhança e queriam que
eu orientasse”, explica o major do Bope Ivan Blaz.
Repletas
de efeitos especiais, as cenas foram rodadas em diferentes locações,
como a fortaleza de Santa Cruz, em Niterói, uma pista de pouso em
Maricá, ambas cidades fluminenses, e também na mata do Projac, onde
ficam os estúdios de novelas da Globo. “Foi com emoção, pois havia uma
cobra na gravação”, revela Thaíssa. “A cobra era pequena, quase uma
minhoca. Ela exagerou”, brinca o diretor Leonardo Nogueira, que comandou
o elenco em cenas noturnas.
“Em
vários dias, a gente inverteu nosso fuso horário. As cenas exigiram
muito da gente física e tecnicamente. Felizmente, ninguém se machucou. A
história precisa de verdade. O que a gente faz todo dia é atuar, mas há
o desafio de passar credibilidade”, filosofa Dudu Azevedo, que dá vida
ao piloto Amadeu, que contracenou com Ciro (Max Fercondini) e Rodrigo
(Thiago Martins).
Em
um encontro com profissionais do Bope, o elenco recebeu lições de
estratégia de resgate e de como segurar uma arma em uma ações tensas.
“Eles nos fizeram pensar, jogaram questões de lógica para justificar as
técnicas. O autor (Walther Negrão) escreve tudo de maneira mais lúdica e
colorida. O Bope puxou isso tudo para o real. Algumas coisas do roteiro
não procediam”, descreve Dudu.
No quartel
Não
é só em “Flor do Caribe” que os atores ficam em contato com soldados.
Para gravar os clipes exibidos há duas semanas em “Salve Jorge”, Sidney
Sampaio, que encarna o oficial da cavalaria Ciro, foi ao Centro de
Instrução de Blindados em Santa Maria (RS). Lá, ele entrou em tanques e
participou de simulações de ataques. “Um barato esse curso. Capitão, é
tudo muito real. É incrível. Nada se compara à adrenalina de quando você
dá um tiro real”, dizia o personagem em conversa com Théo (Rodrigo
Lombardi).
Apesar
das dezenas de imagens do treinamento militar e dos equipamentos do
Exército, a autora Gloria Perez garante que o objetivo não é promover as
Forças Armadas. “A intenção não é fazer propaganda da instituição. Meu
foco são os feitos do protagonista, que se resumem às suas vitórias no
hipismo. As coisas que apareceram naquele clipe, eu não cheguei a ver, a
conhecer. O diretor, sim. E achou que eram visualmente interessantes
para a novela. Ele me disse que teria condições de mandar um ator para
aparecer dirigindo um blindado, que é a cavalaria moderna.”
Segundo
ela, o protagonista ser um oficial da cavalaria nasceu do entusiasmo
pela retomada do Morro do Alemão. “Então, imaginei uma história de amor
entre um daqueles oficiais e uma moradora de lá. Escolhi a cavalaria
porque tem um visual mais bonito, e me dava a ponte para fazer do
protagonista um campeão de hipismo.
Fonte: ExércitoBrasileiro
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quarta-feira, 8 de maio de 2013
Atores falam da experiência de filmar cenas com militares
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