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quarta-feira, 8 de maio de 2013

China construirá segundo porta-aviões





 
Recentemente, em cerimônia dedicada ao 64º aniversário de fundação da Força Naval da China, o vice-chefe do Estado-Maior da Marinha do ELP, contra-almirante Song Xue, disse que "China terá mais do que um porta-aviões". Ao mesmo tempo, a alta patente expressou a esperança de que o segundo porta-aviões chinês seja maior do que o Liaoning (o antigo porta-aviões soviético Variag).
Tal declaração sobre os planos do desenvolvimento futuro do programa chinês de construção de porta-aviões foi proferida pela primeira vez diretamente por um representante do comando da Força Naval da China. O próprio fato de o país prever construir novos e mais potentes porta-aviões foi conhecido há muito graças a trabalhos de especialistas militares e declarações de industriais chineses.
Contudo, segundo a tradicional prática chinesa, mesmo se um grande projeto militar-técnico deixa de ser segredo para mídias locais e estrangeiras e é comentado largamente por peritos, as notícias oficiais poderão aparecer dentro de anos. As decisões sobre a "abertura" oficial de tais grandes projetos como os de construção de porta-aviões são tomadas só ao nível de direção política. Geralmente, isso ocorre em condições, quando o não-reconhecimento da existência do projeto ou a recusa aos comentários se tornam contraproducentes.
No caso do Liaoning, sabe-se que o fato amplamente conhecido dos trabalhos de muitos anos de reequipamento do antigo Variag, efetuados no estaleiro de Dalian, foi reconhecido oficialmente só antes do início de seus testes. Hoje, assiste-se a um momento de viragem: pelos vistos, a declaração está feita na véspera do início da construção ou da montagem do casco do segundo porta-aviões no estaleiro de Shangai, serviços vistos bem a partir do espaço.
Segundo a declaração de Song Xue, o novo navio será maior do que o Variag. Evidentemente, não terá catapultas e uma instalação energética nuclear. Os trabalhos de projeção de um modelo experimental de tal instalação para naves de superfície começaram apenas no ano passado e para sua conclusão serão precisos anos.
O porta-aviões será equipado por meios de proteção testados no Liaoning, nomeadamente por sistemas de mísseis Fl-3000 e sistemas de artilharia do tipo 1130. Sistemas de direção e equipamentos radioeletrônicos serão, pelo visto, seriamente modificados a julgar pela experiência de exploração do Liaoning. Provavelmente, o grupo de aviação do novo porta-aviões seja composto por caças J-15, aviões de combate e de treino JL-9 de coberta e helicópteros.
Pelo visto, os chineses tentarão ultrapassar no novo navio principais defeitos básicos do Liaoning, ligados a dimensões insuficientes do hangar para aviões. Para o porta-aviões russo Admiral Kuznetsov foi previsto um grupo de aviação composto por 24 caças. No Liaoning, à conta de otimização da estrutura da nave, este número pode ser um pouco aumentado, mas é pouco provável que este aumento tenha grande importância. Com certeza, os chineses tentarão aumentar a composição do grupo em 12-24 aviões.
No caso do início da construção de envergadura no ano em curso, o porta-aviões será entregue à Marinha em 2017-2018. Para aquela altura, o Liaoning conseguirá cumprir a sua missão mais importante – a preparação da primeira geração de pilotos de coberta e de oficiais capazes de dirigir navios na composição de uma grande unidade com a participação de porta-aviões. Defesanet

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