Autoridades da Argentina, Brasil e
Equador concluíram nesta quarta-feira uma reunião de dois dias em Quito
para buscar avanços na criação da Escola Sul-Americana de Defesa
(Esude), um centro de formação em segurança para assegurar a paz no
continente.
A reunião citada culminou na elaboração
do primeiro documento de trabalho para "consolidar a proposta" de
criação da Esude como um centro acadêmico em defesa e segurança da União
de Nações Sul-americanas (Unasul).
O texto final da reunião, segundo o
Ministério de Defesa do Equador, contém a definição do marco
institucional, o alcance, princípios, objetivos estratégicos, funções e
organização do que constituirá a Esude.
A nota acrescenta que a criação da Escola
de Defesa permitirá concretizar a vontade política dos países-membros
da Unasul para "consolidar a região como uma zona de paz, base para a
estabilidade democrática e o desenvolvimento integral de nossos povos,
como contribuição efetiva à paz mundial".
O resultado deste primeiro encontro será
apresentado na próxima reunião da Instância Executiva do Conselho
Sul-americano de Defesa, que será realizada na capital peruana entre os
dias 16 e 17 de maio.
No final do encontro, o vice-ministro
equatoriano de Defesa, Carlos Larrea, destacou que as atuais doutrinas
de defesa da região "estão caducas", o que faz deste projeto algo
"imprescindível".
Os representantes dos três países,
encarregados de levar adiante a análise essa iniciativa, voltarão a se
reunir na segunda semana de julho em Buenos Aires.
Um terceiro encontro do grupo de trabalho
também deverá ser realizado na segunda semana de agosto em Brasília,
onde se prevê a elaboração do estatuto da entidade e a confirmação de
sua sede.
A Unasul é integrada pela Argentina,
Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai (suspenso
temporariamente) Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela.
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